A Polícia Civil do Espírito Santo ganhou um grande aliado para aumentar a capacidade de identificação de criminosos. Isso porque o Governo do Estado assinou um convênio, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), que possibilita à Corporação o acesso a todo o banco de dados nacional da Polícia Federal, com comparação de digitais feitas por meio biométrico.
A assinatura do convênio, realizada na manhã desta quarta-feira (10) durante a reunião do Programa Estado Presente em Defesa da Vida, no Palácio da Fonte Grande, retoma o trabalho que foi realizado na primeira gestão do governador Renato Casagrande e que não havia sido renovado, desde o ano de 2014, quando o termo foi finalizado oficialmente e a PCES passou a utilizar o Sistema Automatizado de Identificação por Impressões Digitais (Afis) de maneira informal, por meio de cortesia, na PF.
O sistema possibilita pesquisar em um banco de dados as imagens das impressões digitais de criminosos de todo o País. Cada imagem que a máquina dispõe é rigorosamente verificada pelos peritos da unidade. O recurso tem facilitado o trabalho da perícia e permitido laudos com 100% de certeza da autoria de crimes.
Ao realizar a coleta de fragmentos de impressões digitais em um local de ocorrência, essas informações são digitalizadas e inseridas no sistema Afis que faz uma pesquisa no banco de dados criminal que permite comparação automática das impressões digitais.
De acordo com Casagrande, esse é mais um passo para melhoria da estrutura da Polícia Civil do Estado, que passa a ter novamente a tecnologia disponível. “Esse acordo para retomada da utilização dos dados da Polícia Federal é muito importante, pois nos ajuda a integrar o trabalho. Quero agradecer à Polícia Federal por nos proporcionar esse acordo e nos garantir maior eficácia no combate à criminalidade”, afirmou.
O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Sá, destacou que, desde que chegou ao Estado, havia mantido conversas frequentes com a Polícia Federal, a fim de reestabelecer o acordo. “Por conta da amizade que tenho com o superintendente da Polícia Federal no Estado, o delegado Jairo Souza, a gente realizou conversas com o objetivo de refazer essa parceria e agora pudemos finalizar esse acordo, que vai proporcionar mais estrutura à Polícia Civil na identificação criminal”, ressaltou.
O superintendente da PF no Estado, Jairo Souza, também destacou que para a Polícia Federal esse acordo é muito benéfico, visto que o sistema só funciona se for abastecido com as informações dos Estados.
“Nosso objetivo era ter assinado o mês passado, mas não foi possível e sabemos a importância para o Estado. A Afis é muito importante e nos permite fazer prisões de pessoas, inclusive, que cometeram crimes há muito tempo. Temos uma potencialidade imensa, com as bases atualizadas. Para a Polícia Federal é de suma importância, visto que passamos a ter acesso à base dos Estados. Sem essa alimentação, não tem serventia”, disse.
O diretor do Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal, Brasílio Caldeira Brant, explicou que o banco de dados possui mais de 22 milhões de cadastros, que estarão disponíveis para a Polícia Civil do Espírito Santo.
“A Segurança Pública como um todo vai ganhar demais com esse acordo. Vai promover o retorno do sistema Afis para o Espírito Santo. Tivemos que retirar em 2016 porque não tínhamos mais o acordo de cooperação. A principal vantagem é o acesso do Estado a um sistema de identificação biométrico de impressões digitais de cerca de 22 milhões de pessoas. Ele cruza as informações de impressões digitais, inclusive de fragmentos de locais de crimes”, finalizou.
Com informações da Assessoria do Governo do ES.