A dificuldade de determinados segmentos da sociedade de aceitarem críticas motivou a fala do deputado estadual Sergio Majeski (PSB) durante o Grande Expediente da sessão ordinária desta segunda-feira (15) na Assembleia Legislativa (Ales).
“Numa democracia tem o direito básico a livre expressão, mas de preferência que seja fundamentada. Dar opinião não significa ofender os outros, existe um limite. A gente gosta de ouvir aquilo que a gente acredita, concorda, partilha, detestamos ouvir aquilo que vai contra aquilo que pregamos. A esquerda tem o direito de criticar a direita e vice-versa. Isso é da democracia”, apontou.
O socialista lembrou que nos governos Lula e Dilma quem criticasse as administrações era taxado de reacionário, coxinha, inimigo dos pobres entre outros, e agora, no governo Bolsonaro, quem contesta algo é chamado de comunista, lulista e petista.
“Eu comecei acompanhar política muito cedo e sempre critiquei os políticos que votei. Critiquei Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma e critico Bolsonaro também, sempre com fundamento. (…) Conheço várias pessoas que pensam diferente de mim, que têm posições diferentes, mas são pessoas qualificadas, boas, íntegras, apenas pensam diferente de mim”, destacou.
Ele lamentou o caso recente em que um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), foi cogitado para assumir a embaixada brasileira em Washington. “Precisamos discutir o que fazer com 13 milhões de desempregados e 25 milhões de subempregados, não em discussões completamente sem sentido que não se leva a nada”, disse.
O parlamentar recordou que apesar de ser do mesmo partido do governador Renato Casagrande, já teceu críticas ao chefe do Executivo estadual por causa de indicações políticas. “Eu já votei contra Casagrande, significa que estou contra o Espírito Santo? Estarei sempre com liberdade para criticar, independe de as pessoas gostarem disso ou não”, assegurou.
Por Gleyson Tete.