Parceiros profissionais há mais de 20 anos, Jussara Silveira e Luiz Brasil se reencontraram no palco durante o Festival Mário de Andrade, realizado em outubro, em São Paulo. A boa química entre a cantora e o guitarrista fez entrar em ebulição um novo projeto de fusão entre os dois talentos. O show Gangorra de dois faz uma releitura de tantas trilhas a dois, tendo como base o disco Nobreza, considerado um marco por se tratar de um dueto, um trabalho construído a quatro mãos. “Nós vamos estrear um show que reúne o melhor do Nobreza, além de canções que eu e Luiz registramos nos vários álbuns em que ele não só tocou comigo, mas assinou arranjos e produção musical”, explica Jussara, que pretende apresentar o novo espetáculo em primeira mão na Bahia.
“A seleção leva em conta nossos afetos e a vontade de trazer à cena um tom de leveza e beleza”, complementa Luiz, vencedor do Prêmio Multishow e Grammy na categoria de produtor musical pelo disco Acústico MTV, de Cássia Eller, e definido por Caetano Veloso, com quem trabalhou por dez anos, como “um dos músicos mais brilhantes da atualidade”. Além de Caetano, Luiz Brasil já emprestou seu talento a estrelas como Maria Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil, Marisa Monte e o tenor italiano Luciano Pavaroti.
Jussara Silveira, que a Bahia batizou de “cantora cool”, coleciona elogios de nomes como Gal Costa, que a coloca entre as melhores, Nelson Mota, que destaca a elegância e sofisticação de seu canto, e Arnaldo Antunes, que elogia sua interpretação “de densidade emocional extrema, que não deságua em dramaticidade”. A revista Vogue sentenciou que “Jussara é a melhor cantora que você não conhece”. Isso sem falar no cantor, compositor e pesquisador musical paulista José Miguel Wisnik, para quem ela é uma espécie de cantora-fetiche.
O repertório reúne clássicos e obras belas e pouco executadas do repertório de Caetano Veloso (Os Passistas), Anibal Silva e Eden Silva (Rosa Maria), Chico Buarque e Vinicius Cantuária (Ludo Real), além de composições de Dorival Caymmi, a quem Jussara dedicou um disco tributo, com participação de Luiz Brasil no violão, arranjos e produção musical. Obviamente, não faltarão os baianos que Jussara sempre cantou, como Paquito, Carlinhos Brown, Cézar Mendes, Beto Pellegrino e Ariston, o próprio Luiz Brasil que assina a música Saudade em parceria com Maria Vasco, além de Milton Nascimento, Fernando Brant, Ronaldo Bastos e Beto Guedes, Zé Miguel Wisnik, Alice ruiz, Waly Salomão, Adriana Calcanhoto e Luiz Tatit.
“Muitas vezes acabo revelando ao público grandes canções que, por alguma razão, ficaram desconhecidas. É o caso de Cara Limpa, este belíssimo samba de Paulo Vanzolini, e também de Rosa Maria, um antigo samba do Salgueiro, que descobri numa gravação de Gilberto Alves dos anos 40. A música de Lupicínio é uma pérola e, embora o autor seja do extremo sul, ele usa expressões típicas do Nordeste”, observa Jussara. “A nossa visão musical é muito afinada. Temos um entrosamento natural. Escolhemos músicas que nos permitem explorar de várias formas as nuances da voz de Jussara e do meu violão e guitarra”, completa Luiz.
- LOCAL: SALA DO CORO DO TEATRO CASTRO ALVES – Salvador – Bahia
- DATA: 03 DE MARÇO DE 2019
- CLASSIFICAÇÃO: livre
- HORÁRIO: 20 horas
- VALOR DO INGRESSO: R$60,00 (INTEIRA) R$30,00 (MEIA)
Por Cristiano Morais
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