No Angelus deste domingo o Papa recordou “a grande responsabilidade de nós cristãos e de nossas comunidades”. Nós também”, frisou o Pontífice, “devemos responder com o testemunho de uma vida que se doa no serviço”. “Enquanto a semente morre, é o momento em que a vida brota”.
“Ainda hoje muitas pessoas, muitas vezes sem dizer isso, de forma implícita, gostariam de “ver Jesus”, encontrá-lo, conhecê-lo. Disso compreendemos a grande responsabilidade de nós cristãos e de nossas comunidades. Também nós devemos responder com o testemunho de uma vida que se doa no serviço. Uma vida que toma sobre si o estilo de Deus: proximidade, compaixão, ternura e se doa no serviço. Trata-se de plantar sementes de amor, não com palavras que voam para longe, mas com exemplos concretos, simples e corajosos”: foi o que disse o Papa Francisco durante o Angelus deste domingo recitado na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano.
“Não com condenações teóricas, mas com gestos de amor”. Então o Senhor, com sua graça, nos faz dar frutos, mesmo quando o terreno é árido por causa de incompreensões, dificuldades ou perseguições ou pretensões de moralismos clericais: este é um terreno árido. Precisamente, então na provação e na solidão, enquanto a semente morre, é o momento – enfatiza o Papa – no qual a vida brota, para produzir frutos maduros em seu próprio tempo.
É neste entrelaçamento de morte e vida – continuou o Papa – que podemos experimentar a alegria e a verdadeira fecundidade do amor que sempre se doa no estilo de Deus.
Para todo homem que quer procurar, Jesus “é a semente escondida pronta para morrer a fim de dar muitos frutos”: o Papa Francisco ilustra com estas palavras o Evangelho em que São João relata um episódio ocorrido nos últimos dias da vida de Jesus, pouco antes de Sua Paixão. Enquanto se encontra em Jerusalém para a festa da Páscoa, alguns gregos expressam o desejo de vê-lo. Eles se aproximam do apóstolo Felipe e lhe dizem: “Queremos ver Jesus”.
A cruz expressa o amor
No pedido daqueles gregos”, diz o Pontífice, “podemos discernir o pedido que tantos homens e mulheres, de todos os lugares e de todas as épocas, dirigem à Igreja”. Jesus responde ao pedido dos gregos com estas palavras: “Chegou a hora de o Filho do Homem ser glorificado”. […] Se o grão de trigo cai na terra e não morre, permanece sozinho; mas se morre, dá muito fruto”. Para conhecer e compreender Cristo, explica Francisco, deve-se olhar “o grão de trigo que morre na terra”, deve-se olhar para a cruz.
Faz-nos pensar no sinal da cruz, – continuou o Papa – que ao longo dos séculos se tornou o emblema por excelência dos cristãos. Aqueles que querem “ver Jesus” hoje, talvez vindo de países e culturas onde o cristianismo é pouco conhecido, o que eles veem antes de tudo? Qual é o sinal mais comum que eles encontram? O crucifixo. Nas igrejas, nos lares dos cristãos, até mesmo usado em seu próprio corpo. O importante é que o sinal seja coerente com o Evangelho: a cruz não pode deixar de expressar o amor, o serviço, o dom de si sem reservas: só assim é verdadeiramente a “árvore da vida”, da vida superabundante.
Que a Virgem Maria – concluiu Francisco – nos ajude a seguir Jesus, a caminhar fortes e felizes no caminho do serviço, para que o amor de Cristo possa brilhar em todas as nossas atitudes e se torne cada vez mais o estilo de nossa vida diária”.
Silvonei José | Vatican News
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