A França publicou nesta terça-feira (22) decreto que proíbe a importação de carne de animais tratados com antibióticos de crescimento – prática proibida na agropecuária da União Europeia desde 2006 – adotando medida que afeta ria principalmente o mercado de aves.
A França está antecipando medida prevista para toda a UE que deveria entrar em vigor no final do mês passado, mas foi adiada por falta de legislação sobre verificações sanitárias, disse o Ministério da Agricultura em comunicado.
A proibição francesa entrará em vigor em 22 de abril, dando aos profissionais dois meses para obter uma garantia de seus fornecedores de que a carne não vem de criação usando antibióticos de crescimento ou modificar sua cadeia de suprimentos, se necessário.
Segundo o Ministério, ao administrar antibióticos quando os animais não estão doentes, as bactérias se acostumam com o remédio e gradualmente desenvolvem resistência, tornando os antibióticos menos eficazes quando realmente necessários. As aves serão, de longe, o mercado mais afetado pela proibição, comentou um funcionário do Ministério da Agricultura francês.
No ano passado a França importou cerca de 45% do frango que consumiu, incluindo produto da UE e de fora da UE, informou nesta terça-feira a Anvol, entidade representativa da indústria avícola francesa.
A UE importa carne de aves principalmente do Brasil, Tailândia e Ucrânia. Não ficou imediatamente claro quanto das importações poderia ser afetada pela proibição.
A Anvol saudou a medida do governo francês, mas ressalvou que a proibição só será efetiva quando implementada em toda a UE, já que muitas importações transitam pelo porto de Roterdã.
Por Sybille de La Hamaide | Reuters
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