Sinfônica do Espírito Santo apresenta ‘La mer’, obra de Debussy inspirada no mar

Foto: Divulgação/Oses

A Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) apresenta nos próximos dias 26 e 27 de abril, às 20 horas, no Sesc Glória, as séries Concerto Didático, Pré-estreia e Concerto Sinfônico. Sob a regência do maestro Helder Trefzger, a Oses vai interpretar uma das obras mais marcantes do século XX, “La Mer” (“O Mar”), de Claude Debussy, além da Abertura L’Amant Anonyme”, de Chevalier de Saint-Georges e “Abertura de Concerto em Ré Maior”, da compositora Elfrida Andrée.

Os ingressos já estão à venda na bilheteria do Centro Cultural Sesc Glória ou on-line, neste link, e custam R$ 20 (inteira), R$ 12 (conveniado) e R$ 10 (meia-entrada e cliente com credencial do Sesc).

As obras

Joseph Bologne de Saint-George, também chamado de Cavaleiro de Saint-Georges, nasceu em 1745, em Guadalupe, um departamento francês no Caribe. O compositor era filho de senhor de terras francês e de mãe escravizada africana. Tendo sido levado na adolescência por seu pai para morar na França, aprendeu esgrima e música. Seu legado, inserido no contexto do Classicismo, inclui música instrumental e obras cênicas. A ópera O Amante Anônimo” é uma ópera cômica em dois atos, estreada em 1780. Aqui temos sua Abertura.

A compositora Elfrida Andrée nasceu na Suécia, em 1841, e foi a primeira mulher a conseguir um cargo oficial como organista em toda a Escandinávia. Foi ainda a primeira mulher na Suécia a reger uma orquestra sinfônica. A obra “Abertura de Concerto em Ré Maior” será apresentada pela primeira vez no Brasil, graças a uma professora da Universidade de Walla Walla, Washington, Susan Pickett, que foi responsável pela editoração das partituras em idioma original. 

Ainda no programa, destaque para a obra “La Mer”, de Claude Debussy, que se insere na temática Música e Natureza proposta pela Oses em 2023. Dividida em três esboços sinfônicos intitulados: 1. Do amanhecer ao meio dia sobre o mar; 2. Jogo das ondas; 3. O diálogo do vento e do mar, Debussy costumava usar harmonias incomuns para a época, a que podemos chamar de impressionistas, e sua orquestração muito original sugere e representa o mar em verdadeiros quadros sonoros. 

Por Tiago Zanoli 


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