Cultura | ES
A Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) apresenta na próxima quarta-feira (21) e quinta-feira (22) as séries Pré-Estreia e Concertos Sinfônicos, às 20h, no palco do Sesc Glória, Centro de Vitória. Nos dois espetáculos, a regência será do maestro britânico Neil Thomson, atual regente titular e diretor artísticos da Orquestra Filarmônica de Goiás.
O repertório traz a célebre “Pavana”, de Gabriel Fauré, a suíte “Le Tombeau de Couperin”, de Maurice Ravel, e “Variações sobre um tema de Haydn”, de Johannes Brahms.
À venda na bilheteria do Sesc Glória e também on-line (links ao final da matéria), os ingressos custam R$ 20 (inteira), R$ 15 (conveniado), R$ 12 (cartão empresário) e R$ 10 (meia-entrada para comerciário ou mediante apresentação de 1kg de alimento não perecível).
Com patrocínio ouro do Instituto Cultural Vale, viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura (MinC), o espetáculo é uma realização é da Cia de Ópera do Espírito Santo (Coes), da Oses e da Secretaria da Cultura (Secult), em parceria com a Fecomércio e Sesc.
As obras
Em 1887, o compositor francês Gabriel Fauré (1845-1924) se voltou para uma dança que remonta aos séculos XVI e XVII e a utilizou para compor a sua célebre “Pavana”, cuja melodia transita entre madeiras e cordas, com especial destaque para a flauta.
Assim como Fauré, Maurice Ravel (1875-1937) muitas vezes empregou modelos antigos em suas obras. A suíte “Le Tombeau de Couperin” (O Túmulo de Couperin) foi escrita inicialmente para piano, entre 1914 e 1917. Mais do que homenagear o compositor do barroco francês François Couperin (1668-1733), Ravel celebra a tradição musical francesa do século XVIII. A versão orquestral conta com um prelúdio seguido de danças antigas, forlana, minuetto e rigaudon. Ravel emprega toda a sua habilidade em fazer a síntese perfeita entre passado e presente.
Johannes Brahms (1833-1897) foi um compositor muito atento aos mestres e aos modelos clássicos e pré-clássicos. Ele escreveu as “Variações sobre um tema de Haydn” em duas versões: para orquestra e para dois pianos. Ao concluir a obra, ele compõe um finale no qual, novamente, se volta ao passado, utilizando a passacaglia, forma de composição bastante comum no período barroco.
O maestro
Nascido em Londres, Neil Thomson estudou violino na Royal Academy of Music e regência com Norman Del Mar na Royal College of Music (RCM). De 1992 a 2006, atuou como professor no Royal College, sendo o maestro mais jovem a ocupar esse cargo. Foi nomeado membro honorário da RCM, em 1994, pelos seus serviços prestados à instituição.
Thomson regeu orquestras em todo o mundo e com consagrados solistas. Atualmente, está envolvido na gravação de álbuns de música brasileira para a Naxos Records, que faz parte da série Naxos “Brasil em Concerto”. Desde 2014, é regente titular e diretor artístico da Orquestra Filarmônica de Goiás. Além disso, atualmente é chefe de regência no Los Angeles Conducting Workshop e na Dresden Dirigierakademie.
Por Tiago Zanoli e Erika Piskac
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