Projeto social da CUFA | ES
O programa Central de Valores apoia mulheres de comunidades vulneráveis, ajudando-as a gerar renda por meio de um negócio próprio; Quase 72% das beneficiadas são negras ou pardas
O dia 19 de novembro é celebrado como o Dia do Empreendedorismo Feminino, seguido pelo Dia da Consciência Negra no Brasil, em 20 de novembro. As datas são próximas no calendário, mas para a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos a partir do eucalipto, a proximidade coincide também em ações concretas. Um exemplo disso é o projeto social Central de Valores, da CUFA/ES (Central Única das Favelas do Espírito Santo), que recebe apoio da Suzano desde 2022 e consiste em incentivar e alavancar o empreendedorismo de mulheres em comunidades vulneráveis, a fim de atingir a independência financeira por parte delas.
Com mais de 4 mil mulheres beneficiadas nos três anos de atuação, o projeto Central de Valores é um dos pilares da Suzano na luta para bater a meta – estabelecida pela própria empresa – de retirar 200 mil pessoas da linha nacional de pobreza até o ano de 2030. Ao todo, o programa gratuito atende nove municípios do Espírito Santo (Serra, Viana, Fundão, Linhares, São Mateus, Conceição da Barra, Pedro Canário, Santa Leopoldina e Cachoeiro de Itapemirim), com 71,6% de mulheres negras ou pardas sendo beneficiadas continuamente com empreendimentos nas áreas de culinária, beleza e produtos ecológicos.
“Entre 2022 e 2024, conseguimos impactar positivamente a vida de mais de 4 mil mulheres empreendedoras, que são negras em sua grande maioria. Então, nós temos o compromisso de continuar ampliando esse trabalho, oferecendo mais apoio e oportunidades de desenvolvimento para mais mulheres e favelas do estado. Para 2025 temos a previsão de atender pelo menos 480 mulheres, porém esse número vai crescer porque estamos planejando expandir o projeto para mais três municípios”, afirmou Franciellen Quedevez, Coordenadora Administrativa do Central de Valores, da CUFA/ES.
Uma das beneficiadas pelo programa é Mirele Romano, de 37 anos de idade e residente em São Mateus, no norte do Espírito Santo. Mirele iniciou sua trajetória no empreendedorismo em 2020, atuando na produção de bolos, tortas, biscoitos e outros produtos da área alimentícia. Após uma pausa necessária por alguns meses, a oportunidade de retomar o negócio surgiu quando ela soube do projeto Central de Valores, que a própria empresária elogia e desataca os benefícios de empreender.
“Eu me inscrevi para receber o Kit de produção do núcleo alimentação do Central de Valores da CUFA e esse foi o pontapé que me fez voltar a produzir e trouxe de volta a minha fonte de renda, que é 100% das vendas dos meus produtos. Projetos e atitudes como essa são fundamentais para uma pessoa começar ou recomeçar, como foi meu caso, um negócio. Hoje, graças a Deus, tenho um público fiel, tenho flexibilidade para organizar meu próprio horário de trabalho e ainda consigo ficar mais tempo com meus filhos”, disse Mirele, que agora tem até uma página no Instagram para divulgar seu trabalho (@mireleromanobolosedoces).
São Mateus é o município com mais atendimentos
Entre as nove cidades atendidas pelo projeto da CUFA/ES, São Mateus é a que registrou o maior número de mulheres participantes, com aproximadamente 1.400 empreendedoras, o que representa 35% do número total de atendimentos.
Para Érika Vianna, Consultora de Sustentabilidade e Desenvolvimento Social da Suzano, o número expressivo de atendimentos no norte do estado reflete uma região mais necessitada, mas a Suzano continuará a apoiar todas as áreas em que atua. “Nós estamos sempre buscando evoluir e engrandecer as comunidades ao nosso redor. A parceria com a CUFA é essencial para espalharmos nossas pautas de inclusão, equidade e empoderamento feminino, não somente no norte capixaba, que precisa sim de um olhar mais atencioso, mas em todas as áreas. Nosso compromisso com o desenvolvimento social é contínuo e sabemos que as mulheres têm um potencial enorme para impulsionar a economia”, declarou.
Sobre a quantidade de mulheres negras beneficiadas pelo programa, Érika Vianna aproveita para ressaltar a desigualdade social. “Mais de 70% das mulheres favorecidas pelo Central de Valores são negras, isso demonstra a desigualdade que ainda existe em relação ao acesso à moradia, oportunidades de empreender, recursos, educação, entre outros. Este é um trabalho de longo prazo, e ficamos felizes com os resultados que estamos conseguindo dia a dia”, revelou.
Por Vítor De Vincentis | P6 Comunicação
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