Profissional da Rede Ebserh ressalta pioneirismo e avanços do SUS no combate ao HIV e às ISTs

Teste Rápido | Fotos: Divulgação

O Dezembro Vermelho é uma campanha que chama a atenção para as medidas de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos das pessoas vivendo com o vírus HIV, a Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A data, criada pela Lei 13.504/2017, é uma forma de gerar mobilização nacional para ressaltar esses direitos e os avanços do Sistema Único de Saúde (SUS) na prevenção e tratamento desses pacientes, e mobiliza os hospitais gerenciados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que participam dessa luta.

A médica infectologista Rúbia Miossi,

Hospitais públicos brasileiros são pioneiros no combate e tratamento de pacientes com HIV e, de acordo com a médica infectologista Rúbia Miossi, do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Morais, da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-Ufes), esse foi um avanço importante para sociedade como um todo. “Sem dúvida, o tratamento da infecção pelo HIV evoluiu muito ao longo desses 40 anos de epidemia. A gente saiu de uma fase, lá nos anos 80, em que não tinha nada de medicamento, depois passamos por uma fase em que os remédios eram poucos eficazes contra o vírus, além de causar muitos efeitos colaterais para o paciente, e então chegamos ao momento em que as terapias se tronaram mais potentes, mas ainda com os efeitos colaterais. Finalmente estamos num momento em que a gente consegue tratar o paciente com apenas um comprimido, com raríssimos eventos adversos, e esse paciente consegue se relacionar afetivamente sem risco para seu parceiro, consegue ter filhos sem risco de transmissão, consegue ter uma vida normal”, relata.

Apesar desses avanços, a especialista destaca um cenário preocupante, pois muitas pessoas, sobretudo as populações socialmente vulneráveis, têm dificuldade de acesso aos serviços de saúde e às tecnologias de prevenção. Além disso, o acesso à informação nem sempre é adequado, como pontua Rubia Miossi: “Há muita informação equivocada sobre IST e HIV, principalmente em redes sociais, e o público leigo não vai saber selecionar qual é a informação mais adequada. Mas, talvez a parte mais difícil seja o preconceito, pois as pessoas, infelizmente, não têm muito conhecimento sobre a infecção por HIV e todos os avanços que a ciência alcançou para que o tratamento fizesse com que o vírus se tornasse indetectável e intransmissível. E é importante saber que a pessoa vivendo com HIV e está com a carga viral indetectável não transmite o vírus. Então, as pessoas precisam saber mais sobre isso para que possamos desconstruir o preconceito”.

Da Redação | Com informações da Ascom Hucam-Ufes/Ebserh


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