Cultura | BA

“Filipa” faz curta temporada no Teatro Martim Gonçalves, com apresentações de 06 a 08 de junho
Premiado pelo 12º Prêmio Ordem do Mérito Cultural da Diversidade LGBT+ do Grupo Gay da Bahia, o espetáculo “Filipa” retrata a personagem histórica Filipa de Sousa, condenada pela Inquisição por se relacionar amorosamente com outras mulheres. A montagem do grupo A Panacéia denuncia a perseguição histórica à homoafetividade feminina, e celebra a força e a coragem das mulheres que escolhem ser livres. As apresentações de “Filipa” acontecem de 06 a 08 de junho (sexta a domingo), às 19h, com ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia entrada), disponíveis no site da Sympla.
Com texto de Camila Guilera e Elisa Mendes, que também ocupam as funções de atriz e diretora, respectivamente, o espetáculo conta a história de uma mulher que não negou a sua existência e, por isso, foi condenada pela Inquisição na Bahia, em 1592. Segundo documentação histórica, Filipa assume que se relacionava, afetiva e sexualmente, com diversas mulheres e arca com as consequências impostas pela sociedade da época: é humilhada, açoitada publicamente e degredada. Não há registros sobre o paradeiro de Filipa após ela ser expulsa de Salvador.

Na encenação, ao revisitar o período entre a sua prisão e o exílio, a personagem faz uma digressão sobre a própria vida e conclui que de nada se arrepende, pois era uma mulher livre em alma e pensamento. O espetáculo, elogiado pelo público e pela crítica, já realizou temporadas nos Espaços do Boca de Brasa, em Cajazeiras e Subúrbio Ferroviário, Sala do Coro do Teatro Castro Alves e Teatro Gregório de Mattos.
Por Gabi Fonseca
Siga A IMPRENSA ONLINE no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube e aproveite para se logar e deixar aqui abaixo o seu comentário