“A Arte do Ofício” conta a trajetória do homem a partir do desenvolvimento das ferramentas e dos materiais

A curadora da exposição A Arte do Ofiício e do Centro Cultural Sesi, Rosa-Nina Liebermann | Foto: Bruno Leão

O Centro Cultural Sesi inaugurou neste mês de outubro em Vitória com uma exposição que está intrinsecamente ligada ao seu DNA: “A Arte do Ofício”. A mostra conta a trajetória do homem a partir do desenvolvimento das ferramentas e dos materiais, prometendo um passeio pelas transformações tecnológicas. Com entrada gratuita e visitas guiadas, o funcionamento é de terça a domingo, das 14h às 20h, no Sesi Jardim da Penha, em Vitória.

Composta por aproximadamente 480 objetos e cerca de 60 vídeos, a exposição conta com peças museológicas que remetem a diversas eras da humanidade, incluindo da Pedra Lascada (ou Paleolítica) a era do home-office.

Composta por aproximadamente 480 objetos e cerca de 60 vídeos | Foto: Bruno Leão

Essa é a primeira vez que a “A Arte do Ofício” entra em cartaz fora de sua terra natal. Originalmente elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para Olimpíada do Conhecimento e desenvolvida por Cláudio Moura Castro e Júlio Heilbron, no Espírito Santo ela foi redesenhada pela curadora Rosa-Nina Liebermann.

Com seu olhar artístico, ela realizou um recorte mais enxuto sobre este tema, que está presente em nosso dia-a-dia, desde o acordar até o adormecer.

“A abordagem a este tema tão rico e complexo é construída nesta exposição através de cinco módulos elementares que permeiam os ambientes. A Mão do Homem, Energia, Comunicação, Materiais e por fim, Exaltação, estabelecendo assim uma conexão entre ofícios, profissões e a arte”, explica a curadora.

A curadora da exposição A Arte do Ofiício e do Centro Cultural Sesi, Rosa-Nina Liebermann, e o gerente de Cultura do Sesi ES, Marcelo Lages | Foto: Bruno Leão

Em sua nova roupagem, a instalação explora a relação entre técnica e criatividade humanas que geram tecnologias e aperfeiçoam as produções, afetando diretamente a cultura da raça humana.

“Ela foi escolhida para inaugurar o Centro Cultural Sesi porque queríamos algo que tivesse ligação com a indústria. O Sesi é Serviço Social da Indústria. Ao mesmo tempo, por ser um centro cultural, desenvolvi uma curadoria e uma expografia com uma conotação artística muito forte”, conta Rosa-Nina.

Protocolos

Devido a pandemia da Covid-19, a mostra terá limite de 20 espectadores por vez para as visitas guiadas. Além disso, todos os protocolos de saúde e segurança de combate ao novo coronavírus serão seguidos e o uso de máscara será imprescindível para acessar as instalações. O Centro Cultural Sesi também disponibiliza totens de álcool em gel por todas as suas instalações.

Inauguração do Centro Cultural Sesi

O Espírito Santo ganhou no mês de outubro um novo espaço de fomento às manifestações artísticas: o Centro Cultural Sesi. Localizado no Sesi Jardim da Penha, em Vitória, primeira unidade escolar do Sistema S na Grande Vitória. Estiveram presentes na inauguração, a primeira-dama do Espírito Santo, Virgínia Casagrande; o secretário de Estado de Cultura, Fabrício Noronha; os presidentes Eméritos da Findes, Helcio Rezende, Lucas Izoton, Marcos Guerra e Léo de Castro; membros do Conselho de Administração e da Assembleia da Federação; e colaboradores do Sesi.

Presidentes eméritos da Findes – Marcos Guerra, Helcio Rezende, Lucas Izoton e Léo de Castro. Ao centro, a presidente da Findes, Cris Samorini | Foto: Bruno Leão

“Temos poucos espaços dentro do Espírito Santo para poder realmente trazer a Cultura em um ambiente diferenciado e ter esse espaço repensado, cuidado com tanto carinho, tenho certeza que faz muita diferença para a população. Esse é um espaço aberto à sociedade. Queremos aproximar ainda mais Cultura da população capixaba, propiciando momentos de lazer, aprendizado e inspiração. E, principalmente, trazer mais qualidade de vida ao trabalhador da indústria”, afirmou a presidente da Findes, Cris Samorini, em seu discurso de abertura.

Mateus de Freitas, superintendente do Sesi ES, afirmou que a escolha da entidade pela Cultura mostra que a indústria capixaba acredita no fomento às manifestações artísticas como meio de transformação social. “O Sesi ES é um veículo em prol das necessidades e dos interesses da indústria capixaba”, lembrou.

Secretário de Cultura do ES, Fabrício Noronha; presidente da Findes, Cris Samorini; primeira-dama do ES, Virgínia Casagrande; e o gerente de Cultura do Sesi ES, Marcelo Lages | Foto: Bruno Leão

Ele apontou ainda que a exposição de abertura do Centro Cultural Sesi, “A Arte do Ofício”, não poderia ser mais propícia, trazendo a história da indústria e das tecnologias. O novo espaço do Sesi Cultura também remete a história da Federação das Indústrias do Espírito Santo, como a Galeria dos Presidentes, como forma de lembrar que para avançarmos, precisamos conhecer o nosso passado. “Esse espaço faz uma grande conexão com a Educação, o principal pilar do Sesi. Trazer os jovens das escolas do Espírito Santo inteiro para conhecer um pouco dessa história, das tecnologias que vivenciamos e usufruímos de forma intensa, é muito interessante”, frisou o superintendente do Sesi ES.

O Centro Cultural Sesi é um espaço que se conecta com a Educação, não apenas por estar dentro da unidade Sesi de Jardim da Penha, mas também pelos projetos de formação desenvolvidos pela entidade em sua pasta de Cultura, conforme frisou o gerente de Cultura do Sesi ES, Marcelo Lages. “Com a Cultura, nós trazemos a informação, o histórico e o pertencimento. Mostramos de onde viemos e apontamos para onde vamos. E esse é o desafio do Sesi Cultura, trazer qualidade artística para o Estado, o belo e o lindo, e formação. Vivemos num lugar melhor e formamos pessoas melhores”, apontou.

Ele ressaltou que o Sesi democratiza o acesso a Cultura não somente na Grande Vitória, mas também no interior do Estado. Para isso, conta com parceria das indústrias e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Aos presentes, Marcelo falou ainda sobre o Programa de Formação em Música, que já formou cerca de mil crianças no Estado, contemplando o interior. Para o próximo ano, a proposta é expandir a formação também para o teatro e a dança, beneficiando cerca de 2 mil crianças capixabas. As aulas são ofertadas pelos membros dos corpos artísticos da Orquestra Camerata Sesi, a Companhia de Teatro do Sesi e Companhia Sesi de Dança.

Estrutura do Centro Cultural Sesi

O Centro Cultural foi pensado para o Espírito Santo ter um espaço multiuso e que pudesse abranger todos os setores culturais de artes visuais, artes cênicas e artes plásticas. Com aproximadamente 2 mil metros quadrados, ele abrange o já existente Teatro Sesi, galerias expositivas, salas multifuncionais, a Sala Cultura, a biblioteca digital Yellow Box, o Cultura Café e uma charmosa área de vivência externa intitulada de Jardim Sinfônico.

O projeto foi encabeçado pelo presidente emérito Léo de Castro e continuado pela atual presidente Cris Samorini. Tem o importante apoio do superintendente do Sesi ES, Mateus Simões, do Conselho de Administração e da Assembleia Geral da Findes. A idealização é do gerente de Cultura do Sesi ES, Marcelo Lages, e sua equipe. O desenho e a concepção artística é da curadora Rosa-Nina Liebermann.

Por Fiorella Gomes


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