Em um mercado cada vez mais competitivo, a inovação é grande aliada do agronegócio sustentável, o investimento possibilita o desenvolvimento de equipamentos com tecnologia que facilitam a execução de tarefas, com ganho de produtividade. Para os empreendedores capixabas focados no desenvolvimento destas tecnologias o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) disponibiliza recursos de fundo de investimento e participações (FIPs).
O Bandes tem buscado novas formas de apoiar a inovação, viabilizando mecanismos especiais de capital de risco, por meio dos fundos de investimentos em participações (FIPs). Esse tipo de investimento é uma modalidade de apoio distinta do crédito tradicional, na qual a gestora do Fundo identifica o potencial de crescimento de um negócio e adquire um percentual de suas ações, ampliando os recursos disponíveis na empresa e contribuindo para sua expansão. Ou seja, o Fundo prospecta empresas e entra como sócio acionista por um período determinado.
O Gerente de Participações e Investimentos do Bandes, Wagner Rubim Rangel, destaca que o banco está de portas-abertas para atender os empresários com as soluções adequadas de recursos para fortalecer o ambiente de negócios do setor.
“A tecnologia pode desempenhar importante papel no desenvolvimento da indústria agrícola. Hoje já é possível, por exemplo, plantar em regiões semi-desérticas com apoio da biotecnologia, tornando as culturas mais resistentes a secas e pragas”, destacou o gestor.
Tecnologia a serviço do agro
Os avanços tecnológicos ligados ao agronegócio contribuem para o aumento da produção e melhoria na renda e qualidade de vida dos agricultores, atraindo para o setor novos investidores. De acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), as startups ligadas à agricultura – as chamadas agritechs – no Brasil já conta atualmente com cerca de 200 startups de agro em atividade.
São startups que desenvolvem das tecnologias mais simples às complexas, contribuindo para aumento da produtividade, qualidade e eficiência, além de reduzir significativamente o consumo de recursos naturais, como água, energia e combustível.
E estas empresas podem contar com recursos de FIPs que tem o Bandes como cotista. Conheça os Fundos que apoiam startups de tecnologia voltadas para o agronegócio:
Criatec 3: Pré-requisito: negócios que obtiveram R$ 12 milhões como limite de Receita Operacional Líquida (ROL) no ano imediatamente anterior ao investimento do Fundo;
· Limite de investimento: até R$ 7 milhões por empresa (até R$ 3 milhões na primeira rodada de investimento).
· Para empresas que desenvolvam tecnologias inovadoras com elevado potencial de evolução;
· Apoia negócios em estágios iniciais que precisam se estruturar para um crescimento acelerado;
· Oferece capital e suporte de gestão;
· Áreas de foco: Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), Biotecnologia, Agronegócio, Novos Materiais e Nanotecnologia.
Seed4science: Pré requisito: negócios que obtiveram R$ 4,8 milhões como limite de Receita Operacional Líquida (ROL) no ano imediatamente anterior ao investimento do Fundo (sem que tenha apresentado receita líquida superior a R$ 16 milhões nos últimos três exercícios sociais;
· Limite de investimento: até R$ 3,5 milhões ou 10% do capital comprometido do Fundo (o maior entre os dois);
· Voltado para o primeiro investimento institucional, do tipo Seed Money, em empresas de bases tecnológicas nascidas a partir do conhecimento produzido em Universidades e Centros de Pesquisa;
· Instrumento de fomento à cultura empreendedora em Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), de catalisação do crescimento de empresas de base tecnológica, de aplicação das melhores práticas de governança corporativa e gestão de negócios e de atração de recursos para o desenvolvimento de soluções inovadoras para o mercado;
· Apoia empresas que atuam em Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I) e aplicação de produtos, processos e serviços de alta tecnologia e/ou significativo teor de inovação na solução de problemas relevantes em grandes mercados.
· Áreas de foco: Biotecnologia; Nanotecnologia; Internet das coisas e materiais avançados; Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), em especial aquelas relacionadas à big data e machine learning, com verticais de aplicação em Agronegócio, Indústria, Saúde e Bem estar e Varejo.
Por Bárbara Deps Bonato e Wilson Igreja Campos.