Nordeste deve se consolidar como região de “potencialidades”

Os participantes do encontro foram recepcionados pelo presidente da FIEC, Beto Studart. Foto: FIEC.

Na manhã desta sexta-feira (02), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o senador Tasso Jeressati participou da 21ª reunião ordinária da Associação Nordeste Forte, que reuniu os presidentes de federações de indústria do Nordeste, para falar sobre a atual conjuntura política do Brasil. Para ele, a política brasileira vive um momento único, que obriga o Congresso Nacional a ter uma agenda independente do executivo. “Quem dá o tom dessa agenda é a equipe econômica, pois, diferente do governo anterior, ela tem um rumo e sabe aonde quer chegar, apesar de ser inexperiente com o funcionamento da coisa pública”, salientou. Com relação às reformas em debate no Congresso, o parlamentar, que é relator da reforma da Previdência Social na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, afirmou que o clima para a aprovação da PEC 6/2019 é positivo. “Devemos aprovar o ‘coração’ do texto. Em paralelo, vamos encaminhar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) paralela para a reinclusão dos estados e municípios na reforma”, disse.

Os participantes do encontro foram recepcionados pelo presidente da FIEC, Beto Studart. “Fico muito feliz com este ambiente de profunda densidade intelectual. Acredito na força do Nordeste e no momento positivo de retomada da economia. O Brasil precisa oferecer a oportunidade dos empresários voltarem para as suas mesas de trabalho e desenharem os seus sonhos”, afirmou. Para o presidente da Associação Nordeste Forte, Amaro Sales, o maior desafio da nossa região é não aparecer sempre como “coitadinha”, mesmo diante do cenário de desigualdades regionais. “Queremos aparecer como uma região de potencialidades, forte, próspera. Somos uma região que tem uma solução para o Brasil”, motivou.

Para os ex-presidentes da CNI, Armando Monteiro e Albano Franco, que participaram do encontro, um dos gargalos que precisa ser resolvido para que o Nordeste possa se desenvolver diz respeito a questão da infraestrutura. Monteiro afirmou que as obras de infraestrutura eram financiadas pelo poder público. Este modelo, porém, se esgotou, disse. “É preciso que pensamos em um outro modelo para tocar essas obras”, ressaltou. O encontro contou ainda com a participação da Secretária de Desenvolvimento Regional, Adriana Melo, do Ministério de Desenvolvimento Regional, que discutiu a nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional e o gerente executivo de Políticas Tributárias e Fiscais da CNI, Mário Sérgio Telles, que abordou pontos da Reforma Tributária. Durante a tarde, comitiva de empresários e presidentes de federações que compõem a Nordeste Forte conheceram o Observatório da Indústria da FIEC.

A Nordeste Forte é uma associação sem fins lucrativos e foi criada em 29 de novembro de 2016 para promover ações de desenvolvimento socioeconômico na Região Nordeste, contribuir para a competitividade da indústria e fazer com que a economia cresça, estreitando, por sua vez, os laços entre as instituições fundadoras, na busca pela redução das desigualdades regionais e na construção de um Nordeste mais forte. Atualmente o Nordeste é a segunda região mais populosa do país, com 27,66% da população total, e ocupa 18,25% do território nacional, segundo dados do Censo Demográfico 2010, a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio e a estimativa da população 2015, elaborado pelo IBGE. Uma parte significativa é ocupada pelo Semiárido, que abrange oito dos nove estados e 1.135 municípios.

Da FIEC.

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