O deputado Gandini, o único dos 30 parlamentares estaduais a participar das homenagens póstumas ao herói capixaba que lutou pela liberdade, recebeu elogio do prefeito da cidade por ajuda ao Festival de Inverno
O município de Domingos Martins virou, nesta segunda-feira (12), a capital do Espírito Santo por um dia. É que o governo do Estado, por meio de um decreto assinado pelo governador Renato Casagrande (PSB), fez a transferência simbólica da capital para o município da região serrana em decorrência das homenagens póstumas ao herói capixaba que dá nome à cidade, que também é patrono da Polícia Civil do Espírito Santo e do Instituto Histórico e Geográfico.
O evento, que marca o Dia do Município, contou com a participação do prefeito Wanzete Kruger (PP), do secretário-chefe da Casa Civil, Davi Diniz, que representou o governador Casagrande, que está em viagem a Brasília; e do deputado Fabrício Gandini (Cidadania), o único dos 30 parlamentares estaduais a comparecer à cidade na data comemorativa.
A presença do deputado foi destacada pelo prefeito, que fez questão de agradecer a parceria de Gandini com o município, por meio do assessor e morador da cidade Deyvid Hehr.
Em seu discurso, o prefeito Wanzete destacou a articulação e a ajuda do parlamentar para a realização do Festival de Inverno, em julho.
“Participei com orgulho das festividades que marcam o Dia do Município. O capixaba Domingos Martins deixou um legado importante. Foi considerado um herói nacional e carrega o símbolo da luta pela liberdade do País. Ficará para sempre marcado com um dos iniciadores da nossa Independência”, destacou Gandini, lembrando a história do município.
A programação especial teve início às 8 horas, na Praça da Biquinha, quando foram realizadas as homenagens póstumas ao herói capixaba. Em seguida, já na Praça Dr. Arthur Gerhardt, foram realizadas a apresentação do grupo de danças infantis Rheinland e a solenidade de transferência simbólica da capital do Estado, doação do imóvel do antigo Hotel Imperador para o município e assinaturas de ordens de serviço.
Revolução
Em 1817 morria Domingos José Martins, homenageado com a renomeação do município de Santa Isabel para Domingos Martins, em 1921.
Domingos Martins participou como líder da Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, movimento emancipacionista que eclodiu em 6 de março de 1817, na então Província de Pernambuco.
O revolucionário, que nasceu no sítio Caxangé, em 9 de maio de 1781, nas proximidades de Itapemirim, interior do Espírito Santo, foi derrotado, preso e fuzilado em 12 de junho do mesmo ano no estado da Bahia, no Campo da Pólvora, conhecido como Campo dos Mártires.
Martins foi para o Espírito Santo, o que Tiradentes representou para Minas Gerais. Viveu na Europa e ao retornar ao Brasil incorporou-se às lutas pela independência de Portugal. Em 1817 foi preso no Recife onde acabou sendo condenado à morte.
Morreu fuzilado em 12 de junho de 1817, na Bahia.
Suas últimas palavras, ante o pelotão de fuzilamento, foram “Viva a Liber…”. É considerado símbolo da luta pela liberdade no País.
Por Gleberson Nascimento
Siga A IMPRENSA ONLINE no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube e aproveite para se logar e deixar aqui abaixo o seu comentário