Oxitec e Suzano celebram parceria para controlar uma das principais pragas do eucalipto

Foto: Divulgação/Suzano

A Oxitec, líder no desenvolvimento de soluções biológicas à base de insetos para controlar pragas que transmitem doenças, destroem culturas e prejudicam o gado, anunciou ontem (17/07) uma nova parceria com a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos a partir de eucalipto. A colaboração marca o primeiro passo para o desenvolvimento de uma nova solução para controlar o psilídeo-de-concha (Glycaspis brimblecombei), uma das pragas mais destrutivas das plantações de eucalipto. O inseto, de origem australiana, é bem adaptado às condições climáticas brasileiras e danifica várias espécies de árvores de eucalipto.

Desde sua chegada à região de São Paulo, em 2003, o psilídeo-de-concha tem representado uma ameaça devastadora para o setor de florestas plantadas, exigindo estratégias de controle que se mostraram ineficazes e custosas. O psilídeo deposita seus ovos nas folhas de eucalipto, e suas crias (ninfas) causam mais danos às plantas ao se alimentarem do floema. Os danos causados por este inseto incluem descoloração das folhas, desfolhamento e a morte das pontas das folhas, impactando, por fim, a produção de madeira.

Frente ao número restrito de inseticidas registrados para o controle dessa praga e às suas limitações de eficácia, a Oxitec e a Suzano estão explorando o desenvolvimento de uma solução inovadora e sustentável para combater essa ameaça. O projeto se concentrará em compreender a biologia da praga e as ferramentas de manejo atuais, além de entender como a Tecnologia do Bem™ pode ser aplicada para enfrentar esse grande desafio.

A Tecnologia do Bem™ oferece uma solução direcionada, não tóxica e ambientalmente sustentável para o controle de pragas que transmitem doenças, ameaçam a produção de alimentos ou prejudicam os ecossistemas. Insetos machos do Bem™ carregam a característica autolimitante, desenvolvida pela Oxitec, que, quando transferida para a geração seguinte, impede que as descendentes fêmeas cheguem à fase adulta. Com o número da prole reduzido, e mantendo liberações regulares de insetos machos do Bem™, há uma diminuição da população do inseto-praga que é alvo do tratamento.

“Essa parceria representa o compromisso da Oxitec e da Suzano com a agricultura sustentável e com o desenvolvimento de soluções inovadoras para enfrentar os desafios do setor. Estamos entusiasmados em trabalhar juntos na criação de opções seguras, eficazes e sustentáveis para o setor, oferecendo não apenas benefícios ambientais e de produtividade, mas também impulsionando o crescimento econômico do país”, destaca Natalia Ferreira, Diretora Geral da Oxitec do Brasil.

“Na Suzano, acreditamos que só é bom para nós se for bom para o mundo. A inovabilidade, a busca pela sustentabilidade por meio da inovação, orienta nosso desenvolvimento de soluções, tecnologias e parcerias mais sustentáveis e que promovam um futuro melhor. Parceiros com objetivos alinhados fortalecem nossa capacidade de gerar valor para o negócio, para o setor florestal e, neste caso, desenvolver estratégias de manejo de pragas prejudiciais para um setor tão fundamental para o país”, destaca Edival Zauza, Gerente de Pesquisa Florestal da Suzano.

A silvicultura desempenha um papel importante na economia brasileira, sendo fundamental para a produção de materiais como a celulose, que é a matéria-prima para diversos produtos como papéis para imprimir e escrever, papéis para embalagens, copos e canudos de papel, papéis higiênicos e diversas outras aplicações. O Brasil é o maior exportador de celulose do mundo, gerando uma receita de R$ 260 bilhões no país em 2022, segundo a Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). Além disso, o setor é responsável pela gestão de 9,94 milhões de hectares de árvores plantadas para fins industriais e por conservar outros 6,7 milhões de hectares de matas nativas no território brasileiro.

A parceria entre a Suzano e a Oxitec visa não apenas explorar novas soluções para proteger as plantações de eucalipto dos danos causados pelo psilídeo-de-concha, mas também promover um manejo florestal sustentável e eficiente, impulsionando ainda mais o crescimento do setor.

Por Vítor De Vincentis | P6 Comunicação


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