Economia | ES
O novo presidente da Findes, Paulo Baraona, tomou posse nesta quinta-feira (25) em cerimônia que reuniu lideranças empresariais e autoridades
“Perseguiremos o bom ambiente de negócios por todo o Estado, dando protagonismo aos sindicatos e a todas as nossas microrregiões. Trabalharemos para que tenhamos cada vez mais condições de competir, de contar com um ambiente regulatório que garanta segurança jurídica, de acessar crédito a custos competitivos e usufruir de uma infraestrutura adequada”, afirmou o novo presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona, em seu discurso de posse, nesta quinta-feira (25/07), em Vitória.
Mais conhecido como Paulo Baraona, o empresário foi eleito no dia 25 de abril e estará à frente da Federação até julho de 2028, sucedendo a presidente da Gestão 2020-2024, Cris Samorini. Sua diretoria é composta por 20 membros, distribuídos em Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Delegados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Durante a solenidade que aconteceu no Cerimonial Le Buffet, o empresário reforçou durante a sua fala o compromisso e a disposição da gestão em estimular o debate entre os diversos setores e instituições e lembrou o bom relacionamento que a Findes tem com o setor produtivo e com o poder público.
“O respeito e a parceria que esta Federação criou com os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário têm sido fundamentais para avançarmos em discussões e pautas que são decisivas para o crescimento das empresas e a melhoria de vida dos capixabas.”
Baraona também destacou pontos determinantes para que o Estado e o país se desenvolvam por meio da indústria. Entre eles estão a implementação das seis missões que a Nova Indústria Brasil (NIB) elenca, a reforma tributária, a reforma administrativa, a Agenda ESG, a qualificação de mão de obra e a melhoria constante do ambiente de negócios.
“Com a Nova Indústria Brasil, a NIB, passamos a ter um caminho estruturado para resgatarmos o protagonismo da indústria e revertermos o processo de desindustrialização precoce vivido pelo Brasil a partir dos anos 1980… Além disso, vivemos um momento de muitas transformações, o que nos exige também novas formas de gerir e de buscar soluções para a nossa indústria. Nosso mandato fará isso por meio do fortalecimento dos sindicatos, da criação de condições competitivas, da ampliação do acesso a mercados e com ações e estratégias que alcancem as empresas de todo o Estado.”
Para o presidente da Findes, o Espírito Santo e o Brasil têm um enorme potencial de crescer e gerar oportunidades por meio da indústria, setor que representa quase 40% da economia capixaba. Para isso acontecer, Baraona pondera que todas as partes da sociedade devem construir soluções e políticas públicas de forma conjunta.
“Às vezes a crítica vem antes do diálogo. Por isso, fica aqui o meu convite para que a gente deixe de lado as lamentações e a busca por culpados, e foque na convergência.”
A presidente da Gestão 2020-2024, que agora se torna presidente emérita, Cris Samorini, relembrou os desafios e as realizações da diretoria da Federação ao longo dos últimos quatro anos. “As nossas escolhas foram amparadas em transformar vidas a todo momento. O interesse coletivo predominou nessa gestão e nenhum interesse pessoal foi prioritário. Buscamos sempre pelo debate qualificado e pelo uso de dados para tomar decisões importantes. Estamos alcançando níveis diferenciados, não importa o tamanho [do Estado], mas sim o resultado de tudo o que entregamos.”
E, ao final da sua fala deixou um recado: “Baraona, daqui para frente é com você, você pode continuar contado comigo. Leve o Espírito Santo para continuar desempenhando esse papel de referência nacional!”
Durante o evento ainda foi apresentada alguns trechos da websérie “Vidas Transformadas”, que traz algumas das inúmeras histórias incríveis que tiveram a participação da Findes e de suas empresas: Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes), Serviço Social da Indústria (Sesi ES), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai ES), Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) e Instituto de Desenvolvimento Educacional Industrial do Espírito Santo (Ideies)/Observatório da Indústria.
A cerimônia de posse da Gestão 2024-2028 da Findes contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Serafim Costa Filho; do governador do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrande; do líder da bancada capixaba no Congresso Nacional, o deputado federal, Josias da Vitória; do presidente da CNI, Ricardo Alban; do presidente do Conselho Nacional do Sesi, Fausto Augusto Junior; e do presidente da Federação das Indústrias de Brasília (Fibra), Jamal Jorge Bittar, além de representantes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário capixaba.
Também prestigiaram a ocasião: os presidentes eméritos Lucas Izoton e Léo de Castro, os presidentes de sindicatos patronais associados à Findes, executivos da Findes, entre outras autoridades, lideranças e empresários capixabas.
Nova Diretoria
A nova diretoria da Findes assume na próxima segunda-feira (29) e segue à frente da Federação até 29 julho de 2028. Paulo Baraona, em seu discurso de posse, afirmou que assume a posição de presidente da Findes convicto de que “esta não será a Gestão do Paulo Baraona, mas a gestão das pessoas, das lideranças e das instituições que estão comprometidas em fortalecer a indústria e em garantir desenvolvimento sustentável para as futuras gerações”.
Farão parte do Conselho de Administração da Findes nos cargos de: 1º vice-presidente (Eduardo Dalla Mura), vice-presidente administrativo (Wellington Villaschi); vice-presidente financeiro (Eduarda Buaiz); conselheiros vice-presidentes (Lucio Peroba Reis, Luis Cordeiro, Raphael Cassaro, Ricardo Britto e Tales Machado); e conselheiros independentes (Rafael Lucchesi e Sérgio Mileipe).
Além deles, também foram eleitos os membros titulares do Conselho Fiscal da Findes (Djokimar Pereira, Valkinéria Bussular e Zilma Bauer) e os suplentes (Antonio Nicola, Agostinho Miranda Rocha e Neviton Gasparini); o delegado titular representante na CNI (Paulo Baraona) e os suplentes (Léo de Castro e Vladmir Rossi).
Confira o que as autoridades falaram
Silvio Serafim Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos
“Nós temos que fortalecer mais do que nunca quem produz no Brasil. É por isso que a indústria brasileira é fundamental. Até porque quem defende o trabalhador, é quem gera emprego. O maior programa social do país é emprego e renda, é isso que traz dignidade e felicidade para as pessoas. Não podemos falar em geração e empregos, se não falarmos da importância da indústria brasileira para o Brasil. Contem com a gente e vamos juntos ajudar o Brasil!”
“Se tem um Estado que é fundamental para o Brasil, especialmente na área de logística portuária é o Espírito Santo, que fica estrategicamente posicionado entre Norte/Nordeste e Sudeste. Há alguns anos vemos que está acontecendo uma descentralização das exportações no Brasil, que estavam concentradas em Santos. Estamos tendo crescimento nos portos do Nordeste e de Santa Catarina. Não tenho dúvidas de que no ES teremos um crescimento portuário muito grande.”
Renato Casagrande, governador do Espírito Santo
“Não tem nenhum país ou estado que alcança a soberania sem uma indústria forte. Nós assistimos, vimos e sentimos isso durante a pandemia. A indústria tem um papel estratégico e soberano para o nosso desenvolvimento. A gente quer continuar com essa parceria que temos com a Findes. Vocês podem contar com o governador, com o vice-governador e com toda a nossa equipe.”
Josias Da Vitória, deputado federal e líder da bancada capixaba no Congresso Nacional
“Temos pautas importantes [junto à indústria] que convergem para o interesse do nosso Estado e do nosso país, e ainda temos muitos desafios. Por isso, vamos trabalhar para que possamos ter competitividade com as novas regras [da reforma tributária] para que possamos convergir a partir de 2032. Pode contar com a bancada federal capixaba. Temos que comemorar a convergência: a indústria, a bancada e as instituições estão unidas.”
Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
“Nosso mote da indústria brasileira é: a indústria é mais, a indústria cria. A indústria é a que faz a diferença e permite uma sociabilidade muito maior do que qualquer outra atividade. Fico muito feliz por termos tantas Federações convergentes e podermos estar aproveitando o momento que o mundo e o Brasil estão, voltando o olhar para a indústria.”
Por Siumara Gonçalves e Beatriz Seixas
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