Saúde | ES
Entre os temas que serão discutidos está estudo inédito que mostra perfil diferente de câncer de pulmão adenocarcinoma em brasileiros
Vitória recebe (ES), neste sábado (30), o Arena Talk Show, que irá reunir especialistas referência no tratamento oncológico para discutir a “Abordagem Integral no Tratamento de Câncer no Pulmão”. Com foco em estratégias terapêuticas avançadas, o encontro enfatiza a importância de uma abordagem multidisciplinar que integra prevenção, diagnóstico precoce, tratamento personalizado e suporte ao paciente.
O evento, promovido pela Oncoclínicas Espírito Santo, acontece no hotel Comfort Suites Vitória, na capital capixaba, das 8h às 16h30, e tem entrada franca. Os interessados em participar podem se inscrever pelo site https://jacredenciei.com.br/e/arenaoncoclinicas .
Entre os temas que serão discutidos no evento estão rastreamento e diagnóstico de câncer de pulmão, escolha e sequenciamento de tratamento, cuidados paliativos, linha de cuidados e navegação do paciente e suporte nutricional ao paciente, além da apresentação de casos clínicos. Especialistas da Oncoclínicas ES e de outros estados estão entre os convidados. A coordenação do evento é da oncologista clínica Isabella Favato.
Estudo inédito aponta perfil diferente de câncer de pulmão em brasileiros
Um dos assuntos que será discutido pelos especialistas é pesquisa inédita realizada pela Oncoclínicas&Co. mostra que o tipo mais comum de câncer de pulmão no Brasil, chamado de carcinoma de células não pequenas do subtipo adenocarcinoma, que corresponde a cerca de 70% dos casos, apresenta um perfil molecular diferente em brasileiros quando comparados aos americanos e europeus.
Segundo a análise, publicada em JCO Global Oncology, a diferença na prevalência de algumas mutações “drivers” – aquelas responsáveis pela progressão do tumor e que podem ser bloqueadas com terapias alvo molecular – pode chegar a ser o dobro em comparação ao padrão verificado em outros países. Por exemplo, as fusões no gene ALK ultrapassam 6% no Brasil e estão próximas a 3% nos demais países.
Apesar de pequenas em números absolutos, essas diferenças são significativas em adenocarcinomas avançados devido à raridade das alterações moleculares que contribuem para a progressão do câncer e que podem ser alvo de terapias dirigidas.
A pesquisa inédita foi feita a partir de um teste genômico abrangente de sequenciamento de nova geração (NGS) desenvolvido pela OC Medicina de Precisão. O teste, chamado GS180, mapeou o perfil molecular, tanto com análise de DNA como de RNA tumoral, de 180 genes relacionados ao câncer em cerca de 1.000 pacientes de todas as regiões do país, com maior predomínio no Sudeste, Sul e Nordeste, entre 2020 e 2022. O objetivo foi entender se a prevalência das alterações “drivers” do câncer de pulmão no Brasil é diferente de dados internacionais, e dessa forma desenvolver protocolos de teste e tratamento customizados à nossa população.
Por Christine Mendonça
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