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O livro trata do poder que existe em casa, entre pais e mães
A escritora capixaba Aline Dias lança sua sexta obra autoral, “Bagunça”, um romance que se passa na fictícia cidade Nova Esperança, no interior do Espírito Santo, e traz à tona os sentimentos da personagem principal Analuz, que é uma adolescente na maior parte do livro. O livro já está disponível para pré-venda no site da editora Maré.
A autora se dedicou ao livro por cerca de sete anos, colhendo diversas histórias e partindo da visão de que mulheres são sempre pintadas como vilãs das histórias pelo simples motivo de terem desejos. O livro está sendo viabilizado com recursos públicos e, com isso, na contrapartida social do projeto, a autora faz uma homenagem àqueles que são grandes incentivadores da leitura e da escrita: os professores.
Serão 50 exemplares distribuídos para professores de escolas públicas, com foco nas disciplinas de Português e Literatura, especialmente para professores do Ensino Médio, por conta da faixa etária dos personagens principais. Professores interessados devem se inscrever por meio do link.
“Este envio de livros é uma contrapartida social do projeto “Bagunça”. O objetivo é valorizar o trabalho dos professores de escolas estaduais do Espírito Santo e apoiar a educação pública, além de ajudar a disseminar a literatura que é produzida aqui no Estado”, afirma Aline Dias.
Com experiência na arte da escrita e na desenvoltura de ganhar os corações dos amantes da literatura, Aline mergulha na narrativa contando a história de Analuz, uma garota se tornando mulher e entendendo como viver sua própria vida a despeito dos desejos de sua mãe e seu pai. Se apaixonou, ofendeu pessoas, fugiu, fez graça. O livro trata do poder que existe em casa, entre pais e mães. Aborda também o poder que existe na escola entre diretores e coordenadores; alunos, notas, gerentes, além de questões sobre racismo, o medo do envelhecimento, o medo da feiura e da violência. E sobretudo o livro fala do poder da paixão.
“Contar a história de mulheres sob a ótica de uma mulher é, sempre, revolucionário. Na narrativa de “Bagunça”, as mulheres tratam de seus assuntos, de sua rivalidade, de sua vida, do conceito de beleza, de suas prisões e do que pode parecer inócuo, mas não”, acrescenta a autora.
O livro “Bagunça” foi contemplado pelo Edital 011/2023 – Difusão Literária, viabilizado com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), da Secretaria da Cultura (Secult).
Por Matheus Carneiro
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