O Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória (Fenatevi) chega a 15ª edição com novidades. Uma delas será a realização do evento em duas etapas, de 13 e 21 de outubro, e de 9 a 14 de novembro, em vários pontos da Capital. Na programação, 26 espetáculos, lançamento de livro, homenagem, mostra estudantil e capacitação para artistas de diversos segmentos. A entrada é gratuita.
A abertura do evento, neste domingo (13), será marcada por uma homenagem póstuma ao ator e diretor Wilson Nunes, falecido no dia 16 de julho deste ano. “O Gato de Playboy”, de Paulo Pinheiro, foi o primeiro trabalho oficial no teatro do capixaba, que deixou o nome de Wilson Nunes, nome registrado no cenário artístico.
Na década de 1990, depois do contato com comercias em vídeo, ele estrelou ao lado de Marlon Christie, Tadeu Schneider, Gilberto Helmer em “Os Gatos do Beco”, escrito e dirigido por Alvarito Mendes Filho. Nesse meio tempo, também trabalhou com Milson Henriques e Jose Luiz Gobbi. A partir de 2010, Wilson voltou aos palcos atuando em “Minha Empregada é de Matar 3 – 10 Anos Depois”.
Ainda no domingo (13), às 19h30, no Centro Cultural Sesc Glória, será apresentada a tragicomédia “Blow Elliot Benjamin”, do G2 Cia de Dança, de Curitiba. A peça destaca a história real de um cidadão inglês, Elliot, que, após ser diagnosticado com câncer terminal, decide viver intensamente seus últimos dias e gasta todo o seu patrimônio. Porém, meses depois, ele descobre que o diagnóstico estava errado. A montagem tem texto e direção de Cleide Piasecki. A classificação é livre.
A atriz Beth Caser, idealizadora e coordenadora geral do Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória afirma que não é fácil realizar um evento deste porte, pois, segundo ela, acreditar na criação artística no Brasil é uma espécie de sacerdócio.
“Muitas vezes nos submetemos a situações e imposições que julgamos lamentáveis, mas sabemos que entre cada sonho existe um dia a ser vencido”, declara.
A artista destaca que, justamente por saber que a realidade atual do País é outra, é necessário continuar acreditando e criando. “As impossibilidades não podem nos calar. Mas nas artes, como na vida, não existe certeza alguma. Com ou sem leis de incentivo, o teatro se mantém vivo. E este Festival viverá!”, ressalta.
Por Márcia Almeida / Aline Dias / Danilo Ferraz / Erika Piskac.