No próximo domingo (20 de outubro), a Aldeia Pau Brasil será palco da 2ª Feira Cultural Tupinikim e Guarani, que visa valorizar diversidade cultural do município de Aracruz. O evento terá o apoio da Suzano, por meio do Plano de Sustentabilidade Tupinikim e Guarani (PSTG) desenvolvido pela empresa, e é realizado pelos Grupos Guerreiros de Pau Brasil e Grupo de Mulheres da Aldeia Pau Brasil. A Feira Cultural também tem o apoio da Associação Indígena Tupinikim da Aldeia Pau Brasil (Aitupiapabra), da Associação Indígena Tupinikim e Guarani (AITG), da Prefeitura Municipal de Aracruz (PMA) e da Vale.
Entre as atividades previstas estão apresentações culturais, mostra de vídeos, espaço para alimentação com culinária tradicional, exposição e venda de artesanatos, roda de conversa, espaço com brincadeiras infantis e música.
De acordo com Mayta Lara Leal, coordenadora da unidade de artesanato do PSTG, o evento visa valorizar a cultura e as riquezas locais. “Temos a intenção de estruturar esse evento para que se torne anual e itinerante entre as aldeias indígenas do município de Aracruz. A intenção é que ele perdure com a organização indígena e apoio do poder público e privado da região, para entrar na rota turística do município e valorizar a cultura local dos povos indígenas”, comentou ela.
A Feira Cultural surgiu a partir do desejo do Grupo de Mulheres da Aldeia Pau Brasil de retomar as atividades comerciais que já foram comuns entre as aldeias, fomentando o intercâmbio cultural e interação entre os habitantes locais. Na primeira edição da Feira, realizada em dezembro de 2018, o evento estimulou o reencontro de artesãos, envolveu as aldeias dos Territórios Indígenas do município de Aracruz e a população conheceu um pouco das tradições Tupinikim e Guarani, por meio do artesanato, culinária e manifestações culturais.
PSTG
O Programa de Sustentabilidade Tupinikim e Guarani (PSTG) é um conjunto de ações desenvolvidas pela Suzano que visa restabelecer entre os ocupantes das terras indígenas as condições necessárias às suas práticas socioculturais e à afirmação de sua identidade étnica, com atividades econômicas sustentáveis. Participam atualmente as aldeias de Areal, Irajá, Caieiras Velhas, Boa Esperança, Piraqueaçu, Amarelos, Três Palmeiras, Pau-Brasil, Comboios, Córrego do Ouro, Olho d´Água e Nova Esperança, todas em Aracruz. O programa atua com base em quatro eixos: agroecologia, meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão), fortalecimento de coletivos/artesanato e o Fórum/Demandas Coletivas.
Por Luiza Medina.