Farinheira Sustentável agrega valor a produtos oriundos do cultivo da mandioca em comunidade de Conceição da Barra

Realizada na comunidade de Córrego do Macuco, a iniciativa conta com o apoio da Suzano e de outros parceiros. Foto: P6 Comunicação.

A farinha de mandioca é um dos principais produtos da economia das cidades do Norte do Espírito Santo. A produção tradicional sustenta muitas comunidades e, na comunidade de Córrego do Macuco, em Conceição da Barra (ES), ganhou novo significado a partir da implementação do projeto Farinheira Sustentável, que transforma resíduos em produtos, como adubo orgânico e ração para alimentação animal. Além disso, a farinheira permite aos produtores agregarem valor à produção de farinha, beiju, farofa, polvilho e outros derivados da mandioca.

A Suzano contribuiu com a elaboração do projeto da Farinheira Sustentável, com a regularização ambiental e com a busca de parcerias para viabilizar recursos financeiros para o investimento. A Farinheira Sustentável de Córrego do Macuco está em operação desde o mês de setembro, e um grupo de 29 famílias já participa da iniciativa. Foram sete meses de execução junto à associação de produtores locais.

O apoio da Suzano à farinheira se deu via Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT), desenvolvido pela empresa com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar e a organização em associações. O projeto da farinheira comunitária do Macuco envolve vários parceiros: o PDRT, a Prefeitura de Conceição da Barra, a usina Alcon e o Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper).

Farinheira sustentável 

A farinheira de Córrego do Macuco é a primeira da região planejada com base no conceito de farinheira sustentável, que incorpora conceitos como aproveitamento de água da chuva, separação entre a área de recepção de mandioca e a área de beneficiamento, tratamento e reaproveitamento de resíduos. Em outras palavras, todos os processos oriundos do cultivo e colheita da mandioca são tratados integralmente, contemplando os pilares ambiental, econômico e social.

Na farinheira sustentável, a manipueira (líquido extraído da mandioca quando ela é prensada no processo de fabricação da farinha) – antes descartada – passa a ser armazenada, tratada e reaproveitada como adubo orgânico e na alimentação animal. Também são reaproveitados resíduos como cascas da mandioca e a parte aérea da maniva.

A farinheira comunitária de Córrego do Macuco tem capacidade para processar cerca de 13 toneladas de farinha por mês. A produção tem como destino os mercados institucionais (Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e (Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE), restaurantes e comércio atacadista da região.

Douglas Peixoto, consultor de Desenvolvimento Social da Suzano, destaca que o projeto da farinheira sustentável inaugura uma nova etapa na produção de farinha na região. O projeto, já desenvolvido com o apoio da Suzano em comunidades do Sul da Bahia, contribui para adequar a atividade às exigências ambientais, além de ampliar o leque de produtos e agregar valor à produção.

A farinheira sustentável, assim como o conceito de agricultura agroecológica, que privilegia o uso de mais recursos naturais e menos defensivos e adubos químicos, são inciativas que contam com o apoio da Suzano por meio do PDRT.  Atualmente, somente nos municípios de Conceição da Barra e São Mateus o programa contempla 380 associados, representados por 19 associações de produtores rurais.

Por Luiza Medina | P6 Comunicação.

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