Secretário sugere às empresas medidas de prevenção ao Covid-19 no ES

Tanto para os serviços públicos quanto para os da iniciativa privada é importante a disponibilização de locais para que os trabalhadores lavem as mãos com frequência, com álcool em gel 70% e toalhas de papel descartáveis. Foto: Divulgação

Com a disseminação do Covid-19 (Coronavírus) e a demanda pela continuidade de atividades essenciais é necessário que as empresas tenham responsabilidade e adotem medidas que auxiliem no combate à propagação do vírus. A Secretaria de Desenvolvimento do Estado Espírito Santo (Sedes), que atua na articulação com diferentes representantes do setor produtivo, tem recebido diferentes questionamentos acerca das melhores práticas que podem ser adotadas neste momento pelas indústrias.

O secretário de Estado de Desenvolvimento, Marcos Kneip, ressalta a importância da prevenção para que as atividades não sejam suspensas. Foto: Renan Alves/PMA

Desta forma, o secretário de Estado de Desenvolvimento, Marcos Kneip, ressalta a importância da prevenção para que as atividades não sejam suspensas. “Estamos atentos às demandas das empresas, e queremos orientá-las neste momento que requer muita cautela. É uma situação em que devemos privilegiar as novas tecnologias e empregá-las de modo que garantam efetividade e dinamismos às nossas rotinas. Além disso, com base nas recomendações das autoridades da área da Saúde, a Sedes adotou diversas medidas internas e queremos recomendar os mesmos protocolos aos empresários para aplicação sempre que possível.”

Seguindo as determinações do Ministério da Saúde, a Sedes incentiva os empresários a realizarem reuniões virtuais. No caso de viagens não essenciais (avaliadas pela empresa), que sejam adiadas ou canceladas e que, quando possível, realizar o trabalho de casa (home office). Adotar horários alternativos para evitar períodos de pico também é uma das medidas recomendadas.

Tanto para os serviços públicos quanto para os da iniciativa privada é importante a disponibilização de locais para que os trabalhadores lavem as mãos com frequência, com álcool em gel 70% e toalhas de papel descartáveis. Há ainda a orientação sobre o uso de máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A utilização de EPI, contudo, deve ser feita apenas por pessoas doentes, casos confirmados da doença, contatos domiciliares e profissionais de saúde.

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já divulgou uma cartilha contendo diretrizes para o ambiente de trabalho. (A versão em inglês pode ser consultada aqui). Dentre as orientações estão a limpeza regular, com uso de desinfetantes, de superfícies e objetos tocados com frequência como mesas, telefones e maçanetas.

A OMS também recomenda que funcionários que apresentarem algum dos sintomas da Covid-19, como febre baixa e tosse seca, devem ficar em casa. No entanto, a decisão entre trabalho remoto ou repouso parte de cada empresa. Além disso, ao retornar de viagem a um dos países com incidência do novo Coronavírus, funcionários devem permanecer em casa por um período de 14 dias, monitorando os sintomas e medindo as próprias temperaturas duas vezes ao dia.

A coordenadora estadual de controle de infecção hospitalar, Nágila Nagib, também reforça a importância das medidas, e chama atenção para utilização dos espaços de uso comum nas empresas. “Esses locais precisam de atenção redobrada das empresas. É necessário que aumentem a frequência de limpeza dos pisos com uso de desinfetantes, além do fornecimento de álcool em gel nas salas de reuniões. Além de evitar reuniões com grande número de pessoas, claro”, explica Nágila.

Nágila Nagib lembra ainda a necessidade de apoio das equipes de medicina do trabalho. “As empresas com grande número de funcionários, normalmente, dispõem de equipes de segurança e medicina do trabalho. São profissionais fundamentais para um momento como esse e podem auxiliar quanto à verificação de sintomas gripais, com medição da temperatura dos colabores, antes do início da jornada de trabalho”, aponta.

Medidas

  • Identificar fornecedores alternativos para não interromper o funcionamento da empresa;
  • Monitorar a temperatura corporal dos funcionários assim que chegarem à empresa;
  • Avaliação da necessidade de viagens. Sempre que possível, recomenda-se a realização de videoconferência;
  • Adoção do sistema Home Office ou revezamento de equipes e flexibilização de horários;
  • Superfícies como mesas e telefones devem ser higienizadas com desinfetante regularmente;
  • Nas empresas em que não for possível o home Office, recomenda-se a disponibilidade de sabonete nos banheiros para que os funcionários higienizem as mãos com frequência.
  • Empresas que realizam atendimento direto de clientes e pessoalmente devem seguir normas de segurança a fim de evitar a propagação do vírus. É importante ainda avaliar as políticas de cancelamento das atividades fornecidas, como eventos e viagens.
  • Planejar-se com antecedência para cenários de crise que impactam a operação do negócio;
  • Funcionários com febre baixa devem permanecer em casa;
  • Respeitar e seguir informações técnicas oficiais, fazendo consultas aos órgãos responsáveis diante de qualquer situação atípica que requeira orientação de um profissional da área;
  • Ao retornar de viagem a um dos países com incidência do novo Coronavírus, funcionários devem permanecer em casa por um período de 14 dias, monitorando os sintomas e medindo as próprias temperaturas duas vezes ao dia;
  • Caso algum dos colaboradores apresente diagnóstico confirmado para a Covid-19, o empregador deve buscar as autoridades locais e seguir o protocolo adequado. As estratégias adotadas devem ser comunicadas de forma clara, em parceria com o setor de Recursos Humanos, mas sem expor o funcionário, preservando sua identidade.

Por Andreia Foeger e Roberto Riccio

AGRONEGÓCIOS CIDADES Cultura DIREITO & JUSTIÇA Economia Geral Internacional NOTÍCIAS OPINIÃO OPORTUNIDADES PODCAST PODCAST Política

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *