Rap solidário abre o Mês da Consciência Negra com cultura e solidariedade

Junte solidariedade, música, artes plásticas, literatura, periferia e televisão: está formado o Rap Solidário! Realizado numa parceria entre as Secretarias da Cultura (Secult) e de Direitos Humanos (Sedh), Instituto das Das Pretas e a Vale, o evento abre o Mês da Consciência Negra, neste domingo (1º), das 14h às 19h, pelas redes sociais, no formato de live.

O objetivo do evento é arrecadar doações para o Programa ES Solidário, do Governo do Estado, e minimizar os impactos provocados pela pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), ajudando quem mais precisa com as apresentações de: DJ Miria, Budah, Feijó, Eric Jack, Melanina MCs, Fabriccio, Dudu MC e BK.

A live será transmitida pela internet nos canais oficiais da Secult e do Instituto Das Pretas. Na TV Aberta e a cabo, a live será transmitida pela TVE-ES, nos canais: 2.1 (aberta), 15 (Net) e 05 (RCA). Além de música, as artes plásticas e a literatura estarão representadas por batalha de Slam e pintura ao vivo. A artista plástica Kika Carvalho vai produzir peças exclusivas para o evento, e reproduções numeradas serão vendidas para arrecadar doações para o ES Solidário.

“O ES Solidário ainda precisa de doações, mesmo com a desaceleração da pandemia, e a intenção do evento é levantar doações para os territórios do Programa Estado Presente em Defesa da Vida. Além disso, o rap tem levado a cultura do Espírito Santo para muitos lugares no Brasil e no mundo. Uma cultura que é ligada aos territórios que serão beneficiados, e que merece nossa atenção”, avalia o secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha.

A produtora Priscila Gama, do Instituto Das Pretas, explica que a curadoria do evento foi feita de maneira orgânica, a partir de ideias e sugestões coletivas, trazendo artistas reconhecidos por seus trabalhos. “Artistas que estão dialogando e que estão próximos do nosso propósito: multiplicar a potência a partir da potência da arte e cultura periférica”, explica.

Solidariedade

O objetivo da ação é arrecadar doações em dinheiro, serviços, cestas básicas, além de kits de limpeza e de higiene pessoal para ajudar as pessoas que estão enfrentando dificuldades por conta do novo Coronavírus (Covid-19), em especial artistas circenses, técnicos das artes e comunidades tradicionais, como as indígenas e quilombola.

Para Fabricio Noronha, a ação tem o potencial de impactar positivamente o setor cultural como um todo. “Contamos com a participação e a solidariedade de todos para que esta ação se multiplique e nossos artistas mais vulneráveis recebam mais ajudas. O setor cultural é um dos mais impactados pela pandemia, afetando muito nossos fazedores. Essa ação faz parte de um conjunto de ações e se soma a essa corrente de enfrentamento a esse momento tão difícil”, comenta o secretário.

Conheça mais sobre os artistas do evento:

BK

Abebe Bikila Costa Santos ou BK, como é conhecido, tornou-se um dos principais nomes do rap nacional nos últimos anos. Com apenas quatro anos de carreira e três discos gravados, o compositor carioca, de 31, também é considerado um dos mais influentes de sua geração. Para ele, suas letras e músicas têm forte identificação, sobretudo com o público negro.

 Budah

Nascida em Vila Velha – Espírito Santo, Brendha Rangel ou simplesmente Budah, é dona de letras marcantes e envolventes, que costumam abordar temas de romance e situações rotineiras sempre carregadas de referências em R&B. É uma artista com múltiplas influências, que vão do Rap ao Samba. Suas composições giram em torno de suas próprias questões e vivências amorosas. A cantora irá apresentar seus maiores sucessos desde o começo da carreira, como: “Cola Comigo”, “Licor” e “Dopamina” até seus lançamentos mais atuais como:  “Estar com Você”, “Lingerie” e “Terra de Buda”.  Em suas apresentações também nos mostra o cover de “Final Feliz” do artista Jorge Vercillo, em sua própria versão, que também fez sucesso nas redes sociais por ser diferente da original.

  DJ Miria

Com 10 anos de carreira, DJ Miria Alves possui uma bagagem musical extensa e é referência na cena Hip Hop brasileira. A paulistana é conhecida por sua originalidade e habilidade em discotecar nos diversos gêneros musicais como o Hip Hop, R&B, MPB, Dance Hall, Funk entre outros. Versátil e dedicada, DJ Miria protagonizou uma série de ações logo no início. A DJ conquistou o 2o lugar no campeonato de mixagem da Numark Brasil, foi apresentadora do programa Black TV, da AIITV e se juntou ao grupo D’Quebrada Rap, com quem lançou o CD “Batidas e Rimas”.

 Dudu MC

Eduardo Santos Lima, mais conhecido como Dudu, nasceu em vitória no Espírito Santo em 2002. Apesar da pouco idade, acumulou diversos títulos nas batalhas de mcs, aonde com o passar do tempo e com seu flow diferenciado ganhou notoriedade, com batalhas alcançando milhões de views no YouTube.

Hoje focado na carreira musical, seu canal já conta com quase 40 milhões de views, além de ter mais de um milhão e meio de ouvintes mensais no Spotify.

Eric Jack         

Foi o primeiro Rapper de Cariacica a lançar seu próprio selo, “Viva Rima”, por onde saíram seus trabalhos fonográficos. É conhecido nacionalmente pela participação nas batalhas de rimas, pela maneira peculiar de escrever e rimar; sua atuação nos movimentos sociais é outro destaque, além de intercâmbio com diversos artistas de diversos estilos e abrangência, sempre difundindo a cultura periférica do Espiríto Santo nacionalmente. A projeção alcançada por meio de seu trabalho auto-questionado é uma das principais referências do estado, não somente na música, mas na política pública.

Fabriccio 

Fabriccio Oliveira, natural de Vitória – ES, na música conhecido como Fabriccio, é um dos mais novos nomes da MPB e do R&B nacional. Em 2012, Fabriccio lançou de maneira independente o EP “Desajeito” que, para sua surpresa, contou com uma resposta bastante positiva de muita gente que passou a acompanhar seu trabalho desde então.  A faixa “Feito Tamborim” chegou a fazer parte da coletânea AMPLIFICADOR – Novíssima Música Brasileira, ao lado de nomes como Nômade Orquestra, Boogarins e Curumin.  Seu primeiro disco, “Jungle”, teve seu lançamento em 2017 e conta com participações de Tássia Reis e Luedji Luna. Com um vasto repertório musical e uma sonoridade plural, suas referências variam de ícones da música popular brasileira como Djavan, Simonal, Max de Castro aos grandes nomes da música negra norte-americana, como Marvin Gaye, Michael Jackson entre outros.

Feijó

Ernauro Santos Feijó, mais conhecido como Mano Feijó, é um Rapper, M.C (Mestre de Cerimônia) e Educador Social, que se destaca por ser um dos artistas de maior consagração na cultura Hip Hop Capixaba; com 5 anos de carreira, um disco gravado totalmente independente com participação de grandes nomes do Hip Hop capixaba como M.c Adikto e D.j

Kika

Natural de Vitória-ES, é graduada em Artes Visuais – Licenciatura pela Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. Utiliza diferentes técnicas e escalas para explorar sua constante busca por memórias individuais e coletivas a fim de ressignificar narrativas hegemônicas. É também arte educadora, atuando em projetos que se alinhem às suas práticas artísticas.

Melanina MCs

Melanina MCs é um grupo de rap formado em 2013 em Vitória, Espírito Santo, por Afari, Geeh, Lola e Mary Jane. Juntas, elas encontraram no rap a sua principal ferramenta de transformação chegaram no rolê com objetivo de dar voz e empoderamento às mulheres.

Depois de lançar o EP “Tesouro Escondido”, em 2016, elas chegam em 2018 com dois pés na porta com o disco de estreia,”Sistema Feminino”, onde falam sobre a realidade da mulher negra periférica.

Por Aline Dias, Danilo Ferraz e Erika Piskac


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