Oficina de Turbante vira aula de história e cultura durante Novembro Negro da SEDH

Várias servidoras participaram, adquirindo um conhecimento muito além do estilo | Fotos: SEDH/ES

Como parte da programação do Novembro Negro da Secretaria de Direitos Humanos do Est Espírito Santo (SEDH), na tarde dessa quarta-feira (25), foi realizada uma Oficina de Turbante, no auditório do Palácio da Fonte Grande, em Vitória. Várias servidoras participaram, adquirindo um conhecimento muito além do estilo: tiveram uma verdadeira aula de história da influência da cultura negra no Brasil.

A ideia da Oficina de Turbante foi da gerente de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da SEDH, Edineia Conceição de Oliveira. Ela contou que sempre que se arrumava com o acessório para o trabalho, várias colegas mostravam interesse em aprender.

“Quando estávamos montando a programação do Novembro Negro, me lembrei desse interesse das colegas e resolvi convidar uma profissional para dar a oficina. Assim, além de aprender, todas poderiam entender toda a questão cultural por trás dos turbantes”, explicou Edineia de Oliveira.

A convidada para ministrar a oficina foi a trançadeira Elissangela Gonçalves Ferreira, que também é presidenta da Associação de Trançadeiras/Trancistas do Espírito Santo e do Projeto Multiplicação, além de empreendedora e educadora social.

“Tudo que colocamos no nosso corpo significa alguma coisa. O turbante representa quem o utiliza, representa a sua identidade. Cada civilização vai utilizando no sentido da sua cultura ou religião. Eu, por exemplo, uso com o significado afro-brasileiro, mas existem também os turbantes de quem frequenta os terreiros de candomblé, que são os ojás. Existem ainda os turbantes da cultura islâmica. Cada amarração tem um significado”, disse Elissangela Ferreira.

A servidora pública Grace Kelly Araujo dos Reis, da Subsecretaria de Gestão Administrativa e Financeira da SEDH, também participou da oficina e compartilhou com os demais seus aprendizados. Ela contou que passou a tomar atitudes para se empoderar enquanto mulher negra, depois que se tornou mãe, e virou uma referência principalmente para a filha. A autoconfiança também melhorou.

“Participar da Oficina de Turbante foi ratificar que conhecimento é a ferramenta mais importante que temos e que nós negros estamos muito além da história assassina da escravização. Aprender que um turbante não se restringe a um acessório que nos deixa mais belas. Foi ressignificar um ‘adereço’, entendendo o quanto de força e reafirmação nele habita. Foi vivenciar a sabedoria transmitida pelas ancestrais”, comentou a servidora.

A programação do Novembro Negro da SEDH continua até o dia 30 de novembro. Confira: https://bit.ly/2JccBR7

Por Juliana Borges


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