Forró pode se tornar patrimônio nacional

Presidente da Comissão de Cultura, a deputada Iriny Lopes se comprometeu a ajudar | Foto: Ana Salles

O forró de raiz, mais conhecido como pé de serra, está a um passo de se tornar patrimônio imaterial nacional. A expectativa foi compartilhada por Carlos Eduardo Lyra, do Fórum Estadual do Forró de Raiz, na reunião da Comissão de Cultura realizada nesta segunda-feira (18). Lyra pediu apoio aos deputados para ajudar representantes do forró capixaba a participarem de evento em João Pessoa (PB), onde haverá encontro para tratar do assunto.

Segundo ele, é de grande importância a participação no evento dos forrozeiros capixabas, pois, além do Nordeste, só quatro entes federativos, entre eles o Espírito Santo, são detentores de matrizes tradicionais do forró de raiz. 

“A coordenação nacional (do forró) tem pedido que cada estado leve em média 20 representantes do forró para João Pessoa, mas, se conseguirmos apoio para irem pelo menos umas 10 pessoas ao encontro, já estaremos satisfeitos”, afirmou. 

Segundo ele, na capital paraibana, entre os dias 13 e 18 de dezembro, será realizada uma assembleia, com participação de representantes do Iphan Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Na ocasião, disse, há expectativa de anúncio do reconhecimento do forró pé de serra como patrimônio imaterial nacional.

Com esse objetivo, o Iphan tem estudo sobre a manifestação cultural no Espírito Santo, nos estados do Nordeste, além de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. O assunto foi pauta de reunião na Ales, em 2019. Lyra acrescentou que o Espírito Santo tem muito a contribuir na assembleia em João Pessoa. E destacou a ampla pesquisa sobre a temática, que aborda não só a história do forró de raiz, como traz também o levantamento de dados sobre a cadeia produtiva do setor no estado. 

A presidente do colegiado, deputada Iriny Lopes (PT), garantiu que buscará apoio do poder público para viabilizar o deslocamento dos forrozeiros para participar da assembleia. A deputada se dispôs também a participar do evento para demonstrar a importância que o Legislativo capixaba dá à causa. 

O vice-presidente da comissão, deputado Gandini (Cidadania), apoiou o movimento e lembrou que, no Espírito Santo, está em vigor, desde julho deste ano, a Lei Estadual 11.321/2021, proposta pelo deputado Torino Marques (PSL) que declara o forró de Itaúnas patrimônio artístico e cultural imaterial do Estado. 

Complexo Carmélia

O colegiado aprovou ainda convite ao secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha.  Ele deve discorrer, em data a ser definida, sobre a cessão do Complexo Cultural Carmélia para que seja administrado pelo governo do Estado. O contrato foi assinado entre a União e o governo estadual na semana passada.  

O espaço, que já abriga a TV Educativa, deverá ser reformado para a instalação da Rádio Espírito Santo, além de salas de exposição e teatro. “Queremos saber quais são os planos da Secretaria de Cultura para aquele espaço, e como será esse cronograma de reformas”, explicou Gandini. 

Os deputados aprovaram ainda a participação do ativista literário Maxwell dos Santos na próxima reunião ordinária do colegiado. Ele deverá falar sobre pesquisas a respeito dos desafios enfrentados pelos escritores que produzem literatura no Espírito Santo. 

Por Wanderley Araújo


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