O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado, no Brasil, neste sábado, dia 20 de novembro. Diversas escolas da rede municipal de ensino têm abordado a temática ao longo da semana, como a Emef Professora Maria Aparecida Lavagnoli, no Interlagos, que desenvolveu o projeto “Influência africana na cultura brasileira” e na Emef Auto Guimarães e Souza, no Shell e no Ceim Antônio Aprígio, no bairro Aviso, o tema central foi o “Respeito”.
Na Emef Professora Maria Aparecida Lavagnoli, a diretora Rosiene Firme de Almeida, explicou que o projeto, que envolveu as turmas de 1º ano, nas disciplinas de História, Geografia, Língua Portuguesa e Arte, os alunos realizaram pesquisa sobre a influência dos africanos na cultura brasileira, como a culinária, a música, a dança, o vestuário, as pinturas, as festividades populares dentre outros, além de assistirem a vídeos e apreciação fotos para compreender a cultura africana e suas influências na construção da cultura afro-brasileira. O professor de Arte, Gilmar Francisco da Silva, no turno vespertino, fez apresentação de instrumentos musicais de origem africana com as crianças.
O ponto que culminou o projeto foi a produção do instrumento kabuletê. “O Kabulet é um instrumento introduzido no Brasil por meio dos escravos africanos. Conta-se, ainda, que antigamente os escravos utilizavam o instrumento quando caminhavam nas matas em seus desbravamentos, a fim de que o som produzido pelo instrumento era para espantar os animais selvagens. Com o passar do tempo, o instrumento foi passado de geração para geração, sendo apreciado pelas crianças em suas brincadeiras lúdicas, ora como brinquedo, ora como instrumento musical”, explicou a diretora Rosiene.
Na Emef Auto Guimarães e Souza, a professora de Arte, Eliane Viturini, abordou a temática respeito com as turmas de 4° e 5° Anos do turno vespertino, conforme explicou a diretora da unidade de ensino, Maria Teresa Gaygher, que ressaltou que em sala de aula também foram destacados sobre os avanços na luta do povo negro e exemplos de pessoas negras que brilham com vários cargos importantes.
“Promovemos com nossos alunos uma conversa informal sobre o respeito e também a etnia de cada um, com vários tipos de técnicas, estimulando também o uso do pincel, contorno, que resultou em desenhos pelos alunos conforme sua interpretação das atividades propostas”, explicou a diretora Maria Teresa.
No Ceim Antônio Aprígio, a pedagoga Thais dos Santos Souza comentou que foi desenvolvida uma sequência de atividades com as turmas de cinco anos, pelas professoras Fabiana Caverzan Leite Soares e Fausta Aparecida Oliveira de Queiros Belo de Jesus, que trabalharam assuntos como o respeito às pessoas, sua história, culturas e costumes.
“Nossos alunos confeccionaram cartazes, ouviram músicas e histórias como a do livro infantil “Flávia e o bolo de chocolate”, que ensina às crianças que o valor das pessoas não está na sua cor de pele. Na sequência, eles degustaram um delicioso bolo”, disse a pedagoga Thais, informando que brincadeiras foram realizadas como “Saltando o feijão”, originária de Moçambique, e “Terra mar”, da Nigéria.
Por Valda Ravani
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