A cafeicultura no Espírito Santo apresentou uma expressiva polaridade nesta safra, dispondo de boas condições, especialmente climáticas, nas regiões produtoras de café conilon e cenário não tão favorável nas localidades que produziram o café arábica, que, além de tudo, enfrentou um ciclo de bienalidade negativa. No geral, a produção de café capixaba, que é majoritariamente do tipo conilon, experimentou uma ótima temporada, obtendo um volume recorde na sua série histórica, alcançando cerca de 14.166 mil sacas de café beneficiado, representando aumento de 1,5% em comparação à safra 2020, que já era uma das melhores no estado.
CAFÉ ARÁBICA
A região sul do estado é onde se concentra a maior parte do cultivo do café arábica capixaba. Como já mencionado, o ciclo não foi tão favorável à cultura, tendo redução na área em produção e redução no rendimento médio, especialmente em razão das adversidades climáticas e do efeito deletério sobre o potencial produtivo provocado pela bienalidade negativa. Assim, a produção final foi de 2.945 mil sacas de café beneficiado, simbolizando redução de 38,2% em relação às 4.765 mil sacas produzidas em 2020.
CAFÉ CONILON
Já o café do tipo conilon tem sua concentração mais expressiva na região norte capixaba. Tradicionalmente, a localidade é reconhecida por sua efetividade produtiva, que faz do estado o principal produtor de café conilon do país. E nesse ciclo não foi diferente. Com uma condição climática favorável no início do ciclo, o estado apresentou bom desempenho no resultado final obtido, chegando a 11.221 mil sacas de café beneficiado, um recorde na série histórica de produção do café conilon no estado.
Por Eliza Maliszewski | Agrolink
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