O Congresso peruano aprovou nesta segunda-feira (14) a abertura de um processo de impeachment contra Pedro Castillo, medida promovida pela oposição que busca, pela segunda vez em menos de quatro meses, destituir o presidente de esquerda em meio a acusações de corrupção e baixa popularidade.
Com 76 votos a favor, 41 contra e uma abstenção, o Congresso aprovou a abertura do processo, e a chefe do Parlamento, María del Carmen Alva, convocou o presidente para responder em 28 de março às acusações de supostas violações constitucionais durante suas funções.
À margem do processo de impeachment, o Congresso aguarda Castillo na terça-feira para entregar uma “mensagem” ao país, de acordo com um pedido enviado pelo presidente ao Parlamento na sexta-feira, aprovado pelos parlamentares anteriormente.
De uma região de selva do país, Castillo confirmou sua presença no Congresso na terça-feira, “para dizer o que estamos fazendo e o que vamos fazer por este país”.
“Mas também me entristece que paralelamente a isso as artimanhas continuem e as pessoas não sejam ouvidas, porque acabaram de aprovar a moção de vacância, mas é por isso que temos que dizer ao país que viemos aqui não para roubar um centavo dele e vamos dizer isso amanhã”, declarou em um discurso público.
O presidente superou em dezembro uma primeira tentativa de impeachment por falta de votos.
Para destituir Castillo, que assumiu o cargo no final de julho, o Parlamento precisa reunir pelo menos 87 votos dos 130 parlamentares, um cenário improvável diante das divisões na oposição.
Por Marco Aquino | Repórter da Reuters | Lima
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