Câncer de esôfago: fique atento aos fatores de risco no Abril Azul Claro

Tabagismo, álcool, bebidas e alimentos quentes podem causar a doença, que está entre as mais frequentes no Brasil | Foto: P6 Comunicação

Silencioso e com fatores de risco como o fumo, o consumo de álcool, de alimentos e bebidas quentes, o câncer de esôfago é tema de conscientização em abril. O mês é escolhido para levar informação à população sobre o 6º tipo de câncer mais frequente entre os homens e o 12º entre mulheres no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 11 mil novos casos são registrados no país a cada ano. 

A lesão maligna começa nas células que revestem o interior do esôfago, responsável por ligar a faringe, na região do pescoço, até o estômago. No início, não há presença de sintomas, mas os primeiros sinais de que algo não vai bem são relacionados ao sistema digestivo, como a dificuldade ou dor ao engolir alimentos. Náuseas, vômitos, perda de apetite e dor no peito também podem ser percebidos conforme a doença evolui.

Responsável por mais de 90% dos casos, o carcinoma de células escamosas ou epidermóide é o tipo mais frequente de câncer de esôfago e está relacionado ao tabagismo e ao álcool. Outro tipo, menos comum, mas que também vale ficar atento, é o adenocarcinoma, que está associado à esofagite de refluxo e ao esôfago de Barrett, doença pré-cancerosa que afeta o revestimento do órgão.

Fatores para ficar atento

A irritação crônica do esôfago é um dos principais fatores apontados pela oncologista clínica da Oncoclínicas Espírito Santo, Cintia Nascimento Givigi. “As células que revestem o órgão acabam mudando e facilitam o aparecimento de tumores malignos. Na parte interior do esôfago, as células podem se transformar pela acidez do refluxo” afirma. A combinação de fumo e bebida alcoólica potencializa o risco. Obesidade, consumo de bebidas e alimentos muito quentes, poeiras de construção civil, carvão e de metal também demandam atenção.

De acordo com a especialista, a prevenção está diretamente associada aos bons hábitos. “É importante evitar o cigarro, beber com moderação, ter uma dieta saudável, balanceada e rica em fibras, manter o peso saudável e praticar atividade física. Sempre lembramos que, no estágio inicial, a doença tem uma chance grande de cura”, destaca.

O diagnóstico é realizado por meio de exame que analisa o tubo digestivo, a endoscopia digestiva alta, com biópsia. As condições clínicas do paciente e a determinação da localização e extensão da lesão determinam o tratamento, que pode ser feito por meio de cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Por Marianna Rosa | P6 Comunicação


Siga A IMPRENSA ONLINE no InstagramFacebookTwitter e YouTube e aproveite para se logar e deixar aqui abaixo o seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *