Janete cobra combate a homicídios de mulheres no Espírito Santo

Deputada mostrou preocupação quanto ao número de mortes violentas de mulheres no município de Vila Velha e conclamou diversos segmentos a se unirem contra a violência de gênero

Conforme Janete, de janeiro até agora Espírito Santo registrou 42 homicídios de mulheres | Fotos: Ana Salles

A crescente violência contra as mulheres no estado do Espírito Santo e o atual nível de indisciplina dentro das salas de aula nas escolas foram dois assuntos em destaque na sessão ordinária da Assembleia Legislativa (Ales), na tarde desta terça-feira (17). Outro tema em pauta foi o aumento dos combustíveis no país. 

A deputada Janete de Sá (PSB) subiu à tribuna para denunciar a onda de violência contra as mulheres. No estado, segundo ela informou, já ocorreram, em 2022, 42 homicídios de mulheres, 11 deles em Vila Velha. Das mortes ao longo deste ano, 13 foram feminicídios. A deputada chamou de “matança de mulheres” o que está acontecendo em Vila Velha.

“É preciso ver o que está acontecendo em Vila Velha pra tantas mulheres serem mortas no município. A maior matança de mulheres no Espírito Santo, atualmente, é no município de Vila Velha, um município que sempre foi pacífico, de boa qualidade de vida, gente civilizada”, ressaltou. 

A deputada disse que vai conversar com o prefeito do município, Arnaldinho Borgo, e apelar para alguma ação dos poderes públicos e religiosos para encontrar uma solução de combate à violência, principalmente contra as mulheres.

A parlamentar destacou que apesar de a Lei Maria da Penha ser contundente contra o feminicídio, é necessário envolver o maior número de atores possível no enfrentamento à violência de gênero. “Precisamos fazer uma grande reunião, um grande tratado, uma grande articulação com as lideranças religiosas, as lideranças comunitárias, com os prefeitos municipais, com o governo, com o Ministério Público, o Tribunal de Justiça, a Defensoria Pública, com todos os segmentos”, elencou. 

Indisciplina

A indisciplina em sala de aula nas escolas do estado foi assunto abordado pelo deputado Sergio Majeski (PSDB), ao comentar um episódio de mau comportamento que resultou na expulsão de uma aluna de sala de aula pelo professor. 

Ele disse que o problema de indisciplina aumentou nas escolas pós-pandemia. Entretanto, considera que o professor tem que ter equilíbrio e não perder o controle em uma situação de indisciplina. Para ele, parte das famílias perdeu o controle sobre os filhos. “Como esse jovem vai respeitar o professor?”, questionou. 

“Como se pode esperar que professores, pedagogos, os profissionais da educação consigam controlar esse jovem e esse adolescente, se as escolas não têm mecanismos efetivos pra isso? Porque, hoje, as regras disciplinares são muito flexíveis. Há um excesso na questão de que o aluno está sempre certo, de que o aluno está coberto de razão. A situação é gravíssima”, observou o deputado, e concluiu que as escolas não estão tendo nenhum suporte para lidar com essa situação.  

Por Aldo Aldesco


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