Fonte Grande pode virar patrimônio material

Segundo a deputada Iriny Lopes, local possui um legado histórico-cultural dos povos bantos no Estado

Iriny ressalta que local possui também valor ecológico, paisagístico e turístico | Foto: Leonardo Silveira/PMV

Declarar o Morro da Fonte Grande, localizado em Vitória, como patrimônio material, cultural e histórico do Espírito Santo. Essa é a finalidade do Projeto de Lei (PL) 184/2022, protocolado na Assembleia Legislativa (Ales) pela deputada Iriny Lopes (PT), presidente da Comissão de Cultura e Comunicação Social da Casa.

Na justificativa da proposição, a parlamentar ressalta que o lugar é um espaço importante de herança dos bantos, oriundos da África, e que possui valor histórico, religioso, artístico, folclórico, arqueológico, ecológico, paisagístico, turístico e científico.

“O bairro Fonte Grande surge nos anos de 1590 e seus saberes vieram com as Irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, de São Benedito, de Nossa Senhora da Boa Morte e de Nossa Senhora do Amparo dos Homens Pardos Livres e Cativos, que deram origem às mais emblemáticas manifestações culturais, como a Folia de Reis, as bandas de congo, a marujada, as batucadas, os blocos carnavalescos e as escolas de samba”, explica.

Para Iriny, existe um legado histórico-cultural diverso dos povos bantos na Fonte Grande. “Identifica-se naquela área um vasto valor material e imaterial, assim como os seus fiéis depositários e depositárias da cultura popular”, conclui.

Em caso de aprovação e sanção da proposta, a nova legislação entra em vigor na data de sua publicação em diário oficial.

Tramitação

A matéria foi lida na sessão ordinária do último dia 3 de maio e encaminhada para as comissões de Justiça, Cultura e Finanças.

Por Gleyson Tete


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