Dia Internacional da Tireoide: saiba mais sobre essa importante glândula do corpo

Alterações hormonais causam sintomas variados que podem confundir os pacientes

Exame clinico com um endocrinologista pode detectar nódulos na tireoide | Foto: Freepik

A tireoide é uma glândula localizada na altura do pescoço, responsável por produzir hormônios que controlam diferentes funções do organismo, entre elas, a capacidade de concentração cerebral, a regulagem dos ciclos menstruais e os movimentos intestinais. O Dia Internacional da Tireoide, celebrado neste 25 de maio, tem o objetivo de conscientizar a população sobre os problemas que podem atingir essa importante glândula do corpo.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), aproximadamente 60% da população sofre algum problema relacionado à tireoide, mas apenas 5% deste percentual de casos apresenta riscos para os pacientes. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa de novos casos de câncer de tireoide de 2020 a 2022 é de 1.830 em homens e 11.950 em mulheres, totalizando 13.780 casos no país.

A alteração hormonal causada pela tireoide pode causar o hipotireoidismo, que é a ausência de produção de hormônios pela glândula, e o hipertireoidismo, ou seja, a produção de hormônios em excesso. A endocrinologista da Unimed Vitória Queulla Garret explica que o hipotireoidismo pode causar desânimo, queda do cabelo, fraqueza e sonolência. “São sintomas que causam a sensação de que o corpo está mais devagar”. 

É importante lembrar que outras patologias podem ter sintomas parecidos, como o transtorno ansioso, deficiência da ferritina, quando os níveis de ferro no organismo estão baixos, e cansaço por estresse. “Já o hipertireoidismo pode gerar sintomas como taquicardia, perda de peso, insônia, aumento do ritmo intestinal e irritabilidade. Todos estes sintomas também podem estar presentes na ansiedade”.

Câncer de tireoide

A especialista explica que o câncer de tireoide normalmente não provoca sintomas e o diagnóstico correto é feito por meio de um exame clínico que consiste na análise da glândula pelo endocrinologista. “Quando existem nódulos palpáveis, é solicitada uma ultrassonografia da tireoide e quando há alguma característica suspeita de nódulo maligno, este deve ser confirmado pela biópsia”, alerta.

O paciente diagnosticado com a doença é orientado a realizar a cirurgia para a retirada do nódulo e, quando necessário, iniciar o tratamento com a iodoterapia, isto é, a administração, por via oral, do iodo-131, um elemento radioativo que combate as células cancerígenas que ainda se encontram no organismo. “Não existe uma dieta específica ou outras ações para que os transtornos relacionados à tireoide possam ser evitados. As suspeitas devem ser observadas de acordo com os sintomas e o histórico familiar. O importante é manter a consulta com um especialista para que o diagnóstico seja feito o mais precoce possível”.

Por Marcella Andrade


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