Estudo destaca a importância da atividade física durante o tratamento do câncer

Apresentado no maior evento especializado da área, a pesquisa clínica aponta que pacientes tiveram redução da fadiga, ansiedade, depressão e melhora do sono

A recomendação é da Sociedade Americana de Oncologia Clínica | Foto: P6 Comunicação

A atividade física é, comprovadamente, um hábito saudável que previne uma série de doenças como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, além de diferentes tipos de câncer. Mais do que prevenir o surgimento de tumores, a prática de exercícios também é essencial durante o tratamento oncológico. A recomendação é da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, por meio de estudo publicado na ASCO 2022, maior evento especializado em câncer do mundo, que ocorreu entre os dias 3 e 7 de junho, em Chicago (EUA).

O artigo Exercise, Diet, and Weight Management During Cancer Treatment: ASCO Guideline aponta que a prática de atividade física pode trazer mais qualidade de vida e bem-estar aos pacientes durante o tratamento de câncer de mama, próstata, pulmão, cólon, reto, linfoma, mieloma múltiplo, leucemia, cânceres do aparelho gastrointestinal e geniturinário. Após análise dos estudos clínicos, os pesquisadores comprovaram e recomendaram os exercícios durante a quimioterapia, radioterapia ou até mesmo antes de serem submetidos a cirurgia. 

De acordo com o estudo, os pacientes que se exercitaram tiveram menos fadiga e cansaço, além de melhora no condicionamento cardiorrespiratório, na força e no sono, com redução da ansiedade e depressão durante o tratamento oncológico, inclusive naqueles pacientes portadores de doenças onco-hematológicas como linfoma, mieloma múltiplo e leucemia, câncer de pulmão e até aqueles submetidos a transplante de medula óssea. Outro ponto de destaque é a redução no tempo das internações hospitalares após cirurgia para retirada do câncer.

Orientação médica

Apesar da indicação de especialistas, uma pesquisa realizada pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica evidencia que aproximadamente metade dos pacientes não fazem exercícios físicos como recomendado.

Apesar de altamente indicada, a prática da atividade física deve sempre ser orientada por especialistas que acompanham o tratamento oncológico. A oncohematologista da Oncoclínicas Espírito Santo, Melissa Bosi Mello, destaca a necessidade da orientação médica alinhada às particularidades de cada paciente. “É importante ressaltar que apenas o médico hematologista ou oncologista que acompanha o paciente poderá avaliar o melhor momento e o tipo de atividade física adequada. A indicação pode variar de acordo com a fase do tratamento, a toxicidade e até com o condicionamento prévio do paciente”, afirma.

Por Marianna Rosa


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