É possível aproveitar os nutrientes do alimento e fazer combinações saborosas, do café da manhã ao jantar
O azeite é um óleo vegetal proveniente da azeitona, o fruto da oliveira. Cultivado desde tempos remotos, já foi usado até mesmo para aliviar dores e curar feridas em guerras. Segundo pesquisa publicada recentemente pelo Colégio Americano de Cardiologia, com dados de mais de 92 mil pessoas coletados durante 28 anos, há uma relação entre o consumo cotidiano de azeite e o menor risco de mortes precoces por doenças crônicas, como cardíacas, Alzheimer e câncer.
Utilizado amplamente na gastronomia, o azeite é considerado um bom alimento por ser composto de quantidades razoáveis de ácidos graxos monoinsaturados, considerados essenciais, como o ácido graxo linoleico (ômega 6) e ácido graxo linolênico (ômega 3). A nutricionista da Unimed Vitória Bruna Garcia explica que a composição desse óleo contém nutrientes como vitamina E, compostos fenólicos, flavonoides e tocoferóis, que o transformam em uma fonte rica em antioxidantes naturais, auxiliando no controle do colesterol e redução da inflamação do organismo.
Existem diferentes tipos de azeite, e, dentre eles, o extravirgem é considerado a opção mais saudável e tem um aroma e sabor bem definidos. O azeite virgem possui os mesmos benefícios que o extravirgem, mas contém um teor de acidez maior. A opção refinada apresenta baixa qualidade, porém, ainda oferece ácidos graxos na composição.
No preparo dos alimentos, o azeite pode ser usado para temperar saladas, legumes cozidos e regar carnes prontas. Também pode substituir a manteiga no pão ou torrada, acompanhar sobremesas, dar textura às massas de bolos, e realçar mousses, caldas e sorvetes caseiros. A nutricionista ressalta que mesmo sendo considerado um bom alimento e de sabor agradável, é preciso usar com moderação, porque tem alto valor calórico.
O ideal é consumir, no máximo, duas colheres de sopa de azeite por dia, uma no almoço e outra no jantar, o equivalente a 30 gramas. “O azeite pode ser utilizado ao preparar as refeições, só não é recomendado elevar muito a temperatura, porque o alimento perde as propriedades benéficas, como suas propriedades antioxidantes e o efeito anti-inflamatório. Para isso, é necessário esquentar o óleo em temperaturas acima de 180ºC e por um longo período. Nessas situações, é importante escolher um bom azeite, de preferência o extravirgem”.
Cuidados na hora de escolher um bom azeite:
- – Leve em consideração o tipo de envasamento. Dê preferência para as embalagens que sejam escuras e de vidro, que impedem a entrada da luz e evitam o comprometimento das propriedades nutricionais
- – Escolha as opções que não contenham outros tipos de óleos misturados, quer dizer, produtos compostos 100% por azeitonas
- – Quanto menor for a acidez, mais puro e de melhor qualidade é o azeite, cerca de 0,5% é a acidez ideal
- – A data de validade também dever ser observada para que o consumidor adquira o produto mais fresco possível, de preferência com menos de um ano de fabricação.
Por Marcella Andrade
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