A produção de caminhões e ônibus não deverá crescer em 2022. A previsão da Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores) é repetir as 178 mil unidades do ano passado, em razão de todos os percalços que as indústrias automobilísticas brasileira e mundial vêm enfrentando desde o ano passado e que ainda estão longe de serem superadas.
A projeção inicial de 192 mil unidades feita em janeiro deste ano e que representaria crescimento de 8% não será alcançada em função dessa escassez de componentes e das paralisações na produção que ocorreram ao longo do primeiro semestre em três montadoras de veículos comerciais que somaram 41 dias sem produção.
Segundo a Anfavea, a falta de componentes e as paralisações refletiram no desempenho da indústria brasileira nos primeiros seis meses do ano, com queda no volume de caminhões e chassis de ônibus fabricados de 74.722 unidades (no ano passado) para 71.772 de janeiro a junho.
Agora, a expectativa da entidade é produzir cerca de 153 mil caminhões, o que representará queda de quase 4% em relação às 158.810 unidades fabricadas no ano passado. Em ônibus, ao contrário, a projeção é de crescimento similar ao registrado no primeiro semestre (cerca de 30%) e alcançar 24 ou 25 mil chassis de ônibus (contra as 18.405 produzidos em 2021);
As exportações brasileiras, apesar do crescimento registrado no primeiro semestre deste ano, também deverão ficar abaixo das projeções iniciais da Anfavea que eram de 29 mil unidades em 2022. A entidade acredita que o volume exportado deverá ser de 27 mil unidades, praticamente igual ao total de 2021 (26.933 unidades). O resultado está diretamente ligado aos desafios logísticos, da falta de semicondutores e de insumos que as empresas deverão enfrentar também no segundo semestre.
Por Secco
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