Carnaval Ouro Negro é lançado com apresentação da Banda Didá no Pelourinho

Foto: Manu Dias/GOVBA

O tradicional carnaval dos blocos afro de Salvador, na Bahia, contemplado pela 14ª edição do edital Ouro Negro, foi lançado nesta quarta-feira (15), no Pelourinho, com apresentação das 63 instituições e blocos que estarão na festa esse ano. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, esteve no evento de lançamento junto ao vice-governador, Geraldo Júnior, ao secretário da Secult, Bruno Monteiro, à secretária da Sepromi, Ângela Guimarães, e outras autoridades.

No palco do Largo Tereza Batista, no Pelourinho, a banda Didá abriu a celebração de lançamento do Ouro Negro, com apresentação do tema do carnaval que marca os 30 anos do grupo de samba reggae, e terá como tema ‘Afrofuturismo: os algoritmos dos búzios’. A secretária da Sepromi, Ângela Guimarães, responsável por uma das pastas que apoia o edital, destacou que o Ouro Negro é uma política pública fundamental para as ações que as entidades realizam o ano inteiro com seus trabalhos de base na formação de costureiras, musicistas e outros profissionais nas comunidades de Salvador.

“Sem esse apoio, sem esse suporte financeiro de política pública do governo estadual, eles não conseguiriam estar presentes nessa que é a maior festa popular do planeta. Então, é uma ação consolidada, é uma política pública importante de fomento para que essa presença negra no carnaval seja apresentada, porque isso é a própria matriz da cultura baiana”, frisou a gestora.

Durante a cerimônia, o coordenador do carnaval, o vice-governador Geraldo Júnior, lembrou que com o edital, o estado faz um trabalho de reparação à cultura de matriz africana. “É resgatar, por dever de justiça, a história e a cultura desse povo que sempre celebrou o carnaval, viveu o carnaval, criou o carnaval! É o maior investimento da história da Bahia no Ouro Negro, resgatando a cultura e o simbolismo”, declarou.

O secretário da Cultura, Bruno Monteiro, também destacou que esse foi um investimento histórico do Governo do Estado no edital. Foram destinados R$ 7,6 milhões no Carnaval Ouro Negro, por meio das secretarias estaduais da Cultura (Secult) da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi). Esse ano também foi o que teve maior número de inscritos – foram 199 propostas de 123 instituições.

“Quando o Governo do Estado se dispõe a apoiar, a fazer uma busca ativa, a estar junto, valorizando esse momento, é por entender a importância dessas manifestações para a nossa riqueza cultural, para a nossa melhor tradição cultural da Bahia e para a força que essas entidades dão ao nosso carnaval. Sem essas entidades, o nosso carnaval não seria tão grande, tão belo e tão democrático”, disse.

Para o governador Jerônimo Rodrigues, o carnaval é um momento de celebrar o trabalho realizado pelos blocos e entidades, mas também pelo Governo do Estado, que trabalha em políticas públicas de combate ao racismo e de preservação da memória da população negra e dos povos tradicionais. “A minha expectativa é que na experiência de 2023 a gente possa aprender mais com esse edital para que em 2024 a gente possa fazer desenhos que possam aperfeiçoar ainda mais o edital, que foi criado para fortalecer esses grupos”, afirmou.

Na ocasião, também estiveram presentes o presidente da Embratur, Marcelo Freixo; o senador Jacques Wagner; o diretor geral do Irdeb, Flávio Gonçalves; o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner; o secretário de turismo, Maurício Barcellar; além da deusa do Ébano, Dalila Oliveira; e outros representantes das instituições que vão compor o carnaval Ouro Negro em 2023.

Por Milena Fahel


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