Secretários de Estados defendem a criação de um Comitê de Crise da Influenza Aviária

Foto: Seag/ES

Os secretários de Agricultura, Pecuária e Abastecimento dos sete Estados participantes do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santos e Minas Gerais –, estiveram reunidos na cidade do Rio de Janeiro nos dias 1º, 02 e 03 de março. Na ocasião, foi elaborado um documento conjunto em relação às medidas de prevenção do ingresso da Influenza Aviária de alta patogenicidade no território nacional. A solicitação para o Ministério da Agricultura foi protocolada, nesta terça-feira (07), em Brasília.

A reivindicação dos secretários destaca a necessidade da criação de um Comitê de Crise da Influenza Aviária, com a participação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e dos representantes dos Órgãos Executores de Sanidade Agropecuária nos Estados (OESAs), para estabelecer as estratégias conjuntas, provendo os estados com recursos financeiros suficientes para a detecção precoce e a resposta rápida em caso de ocorrência de foco de influenza aviária.

“Devido à gravidade e virulência dessa doença, temos que estar unidos, governos dos Estados e a União, para tomar todos os cuidados possíveis na prevenção do ingresso da Influenza Aviária na avicultura nacional, um arranjo produtivo responsável por fornecimento de proteína animal de baixo custo não somente para os brasileiros, mas também para vários países que são beneficiários da nossa produção avícola”, destaca Enio Bergoli, Secretário de Agricultura do Espírito Santo.

Os sete Estados que assinaram o documento concentram mais de 90% das aves comerciais do país. A doença Influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) ainda não foi detectada no Brasil, mas os Estados se mobilizam para uma ação rápida, se necessário, tendo em vista que a doença está presente em vários países da América do Sul e bem próximo da fronteira com o país, como é o caso do Uruguai e Argentina.

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), órgão estadual que atua na sanidade animal, uniu esforços com o Ministério da Agricultura e a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES), para diversas ações que buscam informar e reforçar a adoção de medidas preventivas para evitar a entrada da Influenza Aviária no Estado, após terem crescido casos do vírus na América do Sul, o que faz com que o Brasil, mesmo livre da doença, reforce suas medidas de biosseguridade.

Além de todo o trabalho de fiscalização das condições de biosseguridade das granjas, cujo alojamento das aves só é permitido às registradas no Idaf, também está acontecendo o atendimento das notificações. 

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) executa, em coordenação com todos os órgãos de defesa sanitária do Brasil, o plano de vigilância ativa preconizado pelo Ministério da Agricultura. Nesse plano, o instituto coleta amostras de aves em vários municípios e envia para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP). “Além do trabalho rotineiro de fiscalização das condições de biosseguridade das granjas, o Idaf está trabalhando junto com o Mapa e a Aves, realizando ações conjuntas que buscam informar e reforçar a adoção de medidas preventivas para evitar a entrada da Influenza Aviária no Estado”, afirma o diretor-presidente do Idaf, Leonardo Cunha.

A Influenza Aviária não é transmitida para os humanos, por meio do consumo de carne de aves e ovos. Os casos relatados de transmissão ocorreram em contato com aves infectadas. Apesar de nunca detectada no Brasil, é uma doença de distribuição mundial com ciclos pandêmicos ao longo dos anos, capaz de interferir no comércio internacional de produtos avícolas, por isso, o esforço do Idaf em ações de vigilância desta doença.

Por Priscila Contarini


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