Banco do Nordeste financia pesquisa para reduzir custos no tratamento de diabetes

Foto: Arquivo

O Banco do Nordeste liberou a primeira parcela no valor de R$ 200 mil do total de R$ 302 mil voltados a financiar o desenvolvimento de uma pomada para tratamento de úlceras nos pés de pacientes com diabetes. A solução terá sua pesquisa baseada nos laboratórios da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e os testes serão no ambulatório de pé diabético, do Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão do Ceará (CIDH), em Fortaleza.

Os recursos não reembolsáveis são do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci). Entre os resultados esperados do projeto consta obter um produto capaz de cicatrizar completamente as feridas em tempo inferior a oito semanas, com melhor desempenho que os produtos comerciais atuais, que são importados. A expectativa é de que o projeto apresente os primeiros resultados em dois anos.

O medicamento conterá um potente composto neuroprotetor, antinflamatório, antioxidante e vasoprotetor (pinitol) e um composto antibacteriano, antitrombótico e vasodilatador (nitroprussiato), que será incorporado em nanoesferas de sílica para aumentar o tempo de liberar e absorver componentes tóxicos. A expectativa é de que a pomada melhore a perfusão sanguínea na área lesada otimizando a microcirculação, evitando acidentes tromboembólicos e casos de amputação.

O superintendente de Políticas de Desenvolvimento Sustentável do BNB, João Robério Messias, prevê que o projeto beneficie portadores de diabetes e impacte a economia. “Além dos resultados clínicos, com métodos mais eficientes para manutenção da saúde das pessoas, um produto farmacêutico autóctone deverá gerar emprego e renda na cadeia produtiva e a dinamização da economia regional”, acredita.

Segundo o Ministério da Saúde, que considera o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o quinto país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos). A estimativa da pasta é que o país chegue em 2030 com incidência da doença em 21,5 milhões.

Por Ascom/BNB


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