Produção de petróleo em mar no ES deve crescer 84% até 2027

Projeção faz parte da 6ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no ES, produzido pelo Observatório da Indústria da Findes  

Foto: Divulgação/Findes

A produção de petróleo offshore (em mar) no Espírito Santo deve crescer 84% até 2027, na comparação com 2022, de acordo com a 6ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no ES. Já para o gás natural, projeta-se um aumento médio anual de quase 97% nesse mesmo período. 

O documento, lançado nesta segunda-feira (24) no Palácio Anchieta, em Vitória, reúne os mais importantes dados e análises do setor, além de apresentar uma projeção da produção de óleo e gás nos próximos cinco anos.  O Anuário é produzido pelo Observatório da Indústria da Findes, com o apoio do Sebrae e do Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia (FCPGE), da Organização Nacional da Indústria de Petróleo (Onip) e do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP).  

Cris Samorini, presidente da Findes, durante o Lançamento do Anuário de Petróleo e Gás | Foto Siumara Gonçalves

A presidente da Findes, Cris Samorini, destaca que os projetos previstos vão contribuir para o incremento da extração e cita que o Anuário traz as perspectivas de investimentos de R$ 8,8 bilhões até 2027, envolvendo empresas como Petrobras, Shell, Seacrest Petróleo, Imetame, EnP, PRio, Repsol, Equinor, e outras.  

“A produção de petróleo e gás natural vem recuando ao longo dos últimos anos devido, principalmente, ao amadurecimento dos campos. Com novas empresas e investimentos em mar, e também em terra, voltaremos a ver a produção capixaba crescendo novamente, e, sabendo disso, poderemos aproveitar as oportunidades que surgirão”, aponta Cris. 

A economista-chefe da Findes e gerente executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva, explica que, a partir de 2025, espera-se uma tendência de reversão da queda da exploração de tanto de petróleo quanto de gás natural. 

“O Anuário aponta que a extração de óleo em mar deve passar dos atuais 47,7 milhões de barris ao ano, em 2022, para 87,8 milhões de barris ano em 2027. No caso do gás, entre 2022 e 2027, a produção deve sair de 1,2 bilhão de m³, em 2022, para 2,4 bilhões de m³ em 2027”, comenta. 

Marília avalia ainda que, para 2023, espera-se uma pequena recuperação na produção offshore devido à superação de problemas operacionais que afetaram o desempenho da produção do ano anterior, tais como o vazamento no casco da FPSO Cidade de Anchieta e o descomissionamento do FPSO Capixaba.  

“Já para 2024 projetamos uma queda na produção offshore devido à continuidade do declínio natural da produção. Uma mudança significativa é esperada na passagem de 2024 e 2025, quando a Petrobras deve começar a operar uma nova plataforma no Parque das Baleias (FPSO Maria Quitéria) e a PetroRio (PRio) planeja dar início à extração no campo de Wahoo”. 

A gerente de Ambiente de Negócios do Observatório da Indústria da Findes, Gabriela Vichi, explica que o projeto da Petrobras possui como objetivo aumentar o fator de recuperação de óleo e gás através da otimização da atual malha de drenagem, com a interligação de uma nova FPSO.  

“A expectativa é que a nova plataforma esteja operando no último trimestre de 2024. Já a PRio pretende perfurar 4 poços produtores e 2 injetores, com primeiro óleo previsto para o primeiro semestre de 2024. Esses projetos serão responsáveis pela curva de reversão das quedas projetadas para a produção de petróleo e gás natural no Espírito Santo”, aponta. 

Por Siumara Gonçalves/Findes


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