Indústria extrativa do ES cresce 2,3% no ano 

No acumulado de janeiro a março, a produção industrial teve desempenho positivo puxado pelo avanço na fabricação de minério de ferro pelotizado  

Foto: Marcelo Rosa

A indústria extrativa capixaba cresceu 2,3% no acumulado de janeiro a março deste ano, frente ao mesmo período de 2022, já na comparação de março contra o mesmo mês do ano anterior, a alta foi de 7,6%. Os dados foram compilados pelo Observatório da Indústria da Findes e fazem parte da pesquisa de Produção Industrial Mensal (PIM) do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (19/5).   

O desempenho do segmento foi puxado pelo avanço na fabricação de minério de ferro pelotizado, que evoluiu 26,5% no trimestre. O dado consta no relatório da Vale, que indicou ainda uma alta de 206,8% na produção da planta de Tubarão 3. No mesmo período do ano passado, a unidade se encontrava em uma fase mais longa de manutenção programada.  

Apesar do resultado positivo na produção de minério, outro setor que faz parte da indústria extrativa, o de petróleo e gás natural, teve queda no trimestre. 

Indústria geral 

No 1º trimestre de 2023, a indústria geral capixaba acumula queda de 2,9% na produção frente ao mesmo trimestre do ano anterior. Contribuiu para o desempenho, o recuo de 11,5% da indústria de transformação.  

Lidera o ranking de retração no setor de transformação a fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-19,9%), seguido de metalurgia (-10,5%), papel e celulose (-6,9%) e produtos alimentícios (-4,9%). 

A gerente executiva do Observatório da Indústria e economista-chefe da Findes, Marília Silva, comenta que, o desempenho contracionista do setor pode estar relacionado à desaceleração da atividade econômica global no período, que desestimula as exportações. 

“O atual cenário de juros e inflação em patamares elevados, a recente volatilidade do mercado financeiro e as ainda presentes tensões geopolíticas impactaram o cenário da indústria. Além disso, no Brasil, o aumento do custo de financiamento e da inadimplência, em ambiente de elevado endividamento das famílias, tem causado impactos sobre o mercado de crédito nacional”.  

Desempenho nacional supera o capixaba  

Na passagem de fevereiro para março de 2023, a indústria nacional registrou alta de 1,1%, na série livre dos efeitos sazonais, interrompendo, dois meses consecutivos de queda. Esse foi o maior crescimento da indústria nacional desde outubro do ano passado (1,3%).  

Entre as 25 atividades pesquisadas, 16 apresentaram variações positivas, com as influências mais importantes assinaladas na produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%).  

Já no Espírito Santo, o resultado da produção da indústria foi de queda de 1,8%, na comparação de março com o mês imediatamente anterior. Nas demais bases comparativas, o Estado também teve um desempenho inferior ao registrado pela indústria nacional. 

De acordo com a economista-chefe da Findes, Marília Silva, para os próximos meses, a produção industrial do país e do Estado “ainda transcorrerá em um cenário de incertezas, marcado pela expectativa de desaceleração econômica entre as principais economias mundiais, em decorrência do aumento dos juros e inflação”. 

Por Lorena Zanon, com informações do Observatório da Indústria 


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