Banco Comunitário Foz do Rio Doce é inaugurado na Vila de Regência   

A iniciativa fomentará o desenvolvimento local por meio da oferta do microcrédito solidário e da Moeda Social  

Regência | Foto: Nitro Histórias Visuais

Promover o desenvolvimento local por meio do acesso ao microcrédito solidário e uma moeda social exclusiva. Esse é o objetivo do Banco Comunitário Foz do Rio Doce, que foi inaugurado na quarta-feira, 28 de junho, na Vila de Regência, em Linhares, região norte do Espírito Santo.  

O banco ofertará três modalidades de microcrédito, como o Crédito Produtivo, para apoiar os empreendedores e incentivar a criação de novos negócios; Crédito Habitacional, destinado a pequenas melhorias em imóveis, e o Crédito de Consumo, voltado para o atendimento de necessidades imediatas à população de baixa renda.   

O valor da concessão de crédito por pessoa varia de R$ 300,00 até R$ 5 mil. As taxas de juros vigentes são de 2% ao ano, com exceção do Crédito para Consumo, que não tem incidência de juros.   

“A implantação do banco comunitário, desde a escolha do nome até os tipos de créditos que serão disponibilizados, acontece de forma participativa junto à comunidade. A gestão também é realizada por moradores, que receberam capacitações para atuarem como agentes bancários na instituição”, destaca André Mapa, analista de Economia e Inovação da Fundação Renova.  

Outros bancos nos territórios  

A iniciativa da Fundação Renova já implantou bancos comunitários em Itueta, Cachoeira Escura e Baixa Verde, em Minas Gerais, e na Vila de Povoação, em Linhares. O projeto funciona com base no princípio da confiança estabelecida pelo vínculo em comunidade.   

Moeda Social  

Uma moeda social é criada para circular exclusivamente dentro de cada comunidade. A proposta é reter o recurso no local para estimular uma cultura empreendedora entre a população.  

“O interessante é que o projeto não é um fim em si mesmo, mas uma iniciativa que incentiva outras atividades econômicas por criar melhores condições para que a população possa empreender e gerar renda, tanto pelo acesso facilitado a crédito, em condições bem melhores do que em bancos tradicionais, quanto pelo estímulo ao consumo em nível local a partir do uso da Moeda Social”, ressalta André Mapa.  

Orçamento  

O projeto, com duração prevista de 33 meses, é orçado em R$ 3,17 milhões, sendo R$ 1,9 milhão destinado aos três bancos localizados em Minas Gerais e R$ 1,2 milhão aos dois bancos do Espírito Santo. Os valores englobam montagem da infraestrutura, consultoria para implementação e manutenção dos recursos humanos. Além disso, cada banco gerenciará um Fundo de Crédito de R$ 900 mil, sendo R$ 180 mil por comunidade.   

Os bancos receberão assistência direta para sua constituição e funcionamento, além de serem vinculados à Rede Brasileira de Bancos Comunitários.  

“Historicamente, cada real concedido pelo banco comunitário, na forma de Moeda Social, recircula pelo menos cinco vezes dentro da comunidade, estimulando o empreendedorismo e aquecendo a economia local”, conclui Mapa.  

Por Brunela Alves


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