No próximo domingo (30), acontece mais um Festival Parque Aberto, com uma programação cultural diversificada que inclui contação de história e brincadeiras para as crianças, apresentação musical e espetáculos do projeto Dança em Trânsito, de São Paulo.
Tudo isso ao ar livre, tendo ao redor as 21 esculturas monumentais de artistas capixabas e de outros estados, instaladas no Parque Cultural Casa do Governador, na Praia da Costa, em Vila Velha.
Os portões abrem a partir das 9h, com entrada gratuita até meio-dia, mediante apresentação de ingressos, que serão disponibilizados nesta terça-feira (25), a partir do meio-dia, neste link. Para poder retirar os ingressos (limitados a dois por CPF), é necessário ter uma conta cadastrada na plataforma Sympla.
Nesta edição, parte das atrações integram o projeto “Por todas nós”, da Secretaria das Mulheres (SESM), realizado com o objetivo de ressaltar o protagonismo das mulheres negras na luta antirracista.
A iniciativa teve início nesta segunda-feira (24), com uma série de atividades na Praça Costa Pereira, em Vitória, nos Centros e Núcleos Margaridas, Centros de Referência da Juventude (CRJs), finalizando com as atrações no Parque Cultural Casa do Governador. Confira a programação completa no perfil da Sesm no Instagram.
Escritora, jornalista e produtora cultural, Aline Dias abre a programação do Festival Parque Aberto com atividades de contação de história e brincadeiras a partir de seu primeiro livro infantil, “E se o mundo descostura?”. Lançada neste ano, a obra estará à venda no local, em um estande da editora Maré.
Voltado para crianças de todas as idades, principalmente entre 8 e 12 anos, o livro acompanha a história de amizade entre Desalinho, uma menina espevitada de espírito aventureiro, e Delírio, uma menina cadeirante muito inteligente e curiosa. Ambas têm visões de mundo bastante distintas, mas construíram um laço tão forte que tesoura nenhuma havia sido capaz de cortar.
Com ilustrações de Julia Paternostro e Bia Selva, trata-se de uma obra que aborda, de maneira lúdica e com ternura, questões sobre diferenças, sentimentos, saudades e superações.
Na sequência, o Parque Aberto recebe apresentação musical do grupo Madalenas do Jucu. Composto por 23 mulheres instrumentistas, mescla a cultura popular tradicional do congo e o cancioneiro da MPB, tendo como foco a valorização do protagonismo de mulheres na música brasileira.
Formado no segundo semestre de 2021, a partir de uma oficina de tambor de congo e casaca ministrada por Maju Santos e sua mãe, a mestra Beatriz Rego, o grupo é o primeiro do gênero no estado.
Completa a programação do festival o projeto itinerante Dança em Trânsito, que há 21 anos reúne apresentações artísticas, formação, capacitação, reflexão e intercâmbio entre grupos de dança de diversas cidades do Brasil e do mundo.
O projeto conta com apresentação do Grupo Tápias, do Rio de Janeiro, com o espetáculo de dança contemporânea “Solo” (8 minutos), exercício lírico inspirado na obra fotográfica de Sebastião Salgado. Em seguida, o dançarino e coreógrafo uruguaio Christian Moyano, de Montevidéu, apresenta-se com “Você deveria ficar (15 minutos), trabalho no qual propõe eliminar os limites entre a arte e a vida.
Já o bailarino Fábio Costa, de Minas Gerais, traz o espetáculo “Umbigo do sonho” (23 minutos), encena a realidade de jovens negros por meio do encontro entre dança e psicanálise. Por fim, o manauara Mário Nascimento traz uma coreografia de 10 minutos criada para artistas de dança de Vitória e Vila Velha, durante oficinas de criação.
Por Tiago Zanoli
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