Cafeicultura movimenta R$ 2,7 bilhões em defensivos

Agronegócios

Confira a categoria que mais demandou compras dos produtores

Plantação de Café | Foto: Divulgação

O cultivo do café no Brasil movimentou R$ 2,7 bilhões em produtos na safra 2022-23, apontou o estudo FarmTrak, da consultoria Kynetec, divulgado pelo portal especializado AgroPages. O café é o quinto maior cultivo que mais compra produtos de proteção da indústria de pesticidas brasileira.

A área cultivada de café no Brasil chegou a 2,1 milhões de hectares, segundo o estudo da Kynetec, um aumento de 1% sobre o último período. O resultado de vendas da temporada 2022-23 representa aumento da ordem de 17% ante o ciclo anterior, quando foram comercializados R$ 2,4 bilhões. 

Os fungicidas foliares lideraram as vendas: saltaram de R$ 674 milhões para R$ 759 milhões, ou 28% do mercado, uma elevação de 13%. Os herbicidas, na segunda posição, responderam pelo montante de R$ 727 milhões frente à safra 2021-22 (R$ 494,36 milhões), equivalentes a 27% das transações, com crescimento de 32%. 

Em terceiro na pesquisa, as aplicações via drench (por jato dirigido abaixo da copa da planta, no sistema radicular) caíram de 28% (R$ 673 milhões) para 24% (R$ 652 milhões). Já os inseticidas alcançaram R$ 434 milhões ou 16% do total, contra R$ 374 milhões (+16%).

Segundo o analista de inteligência de mercado da Kynetec, Lucas Furquim, o mercado de defensivos para café cresceu ancorado no aumento da adoção de produtos e número de tratamentos. No caso dos herbicidas, os alvos centrais foram plantas daninhas em pré e pós-emergência (folhas largas). 

As pragas bicho-mineiro e broca-do-café puxaram os inseticidas, enquanto a ferrugem-do-café e a seca-dos-ponteiros exigiram do produtor mais fungicidas foliares. Em área cultivada do grão, complementa o especialista da Kynetec, o FarmTrak mostrou que Minas Gerais segue o estado mais representativo: 1,2 milhão de hectares ou 60% do total (2,1 milhões de hectares), principalmente em face da produção de café arábica. 

Em valor, a cafeicultura mineira destinou R$ 1,6 bilhão aos agroquímicos, 62% da movimentação do mercado. O Espírito Santo se manteve na segunda posição em área e investimentos em tecnologias para controle de pragas, doenças e invasoras. 

No estado onde predomina a variedade robusta, que ocupou 441 mil hectares ou 21% do plantio total, o cafeicultor consumiu R$ 400 milhões em produtos, 15% do mercado.

Por Leonardo Gottems


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