“O Brasil precisa usar o hidrogênio verde para promover riqueza e não como commodity para exportação”, diz Rui Costa na COP 28

Foto: Divulgação/Casa Civil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, classificou a produção de hidrogênio verde no Brasil como a grande aposta para que o país lidere a indústria da transição energética, sem perder de vista a oportunidade de gerar riqueza para o país. Ainda pontuou a necessidade de mudança de trajetória em relação ao que foi feito com matérias-primas como o ouro, o pau-brasil e o minério de ferro.

“Esta tem que ser uma oportunidade para o Brasil se industrializar, desenvolver tecnologia e gerar riqueza. Não podemos reproduzir a história, reduzindo riquezas brasileiras a matérias-primas para outros países”. O alerta feito pelo ministro aconteceu em discurso no lançamento do ‘Atlas do Hidrogênio Verde na Bahia’, neste sábado (2), no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na COP 28, em Dubai. Entre várias autoridades brasileiras presentes, o evento contou com a participação do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e do líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner. 

Para Rui Costa, este é um debate que a sociedade brasileira deve realizar de modo urgente com o Congresso, governo e sociedade. “Precisamos discutir o hidrogênio verde no presente e no futuro da economia nacional. Não podemos ser apenas uma plataforma de exportação de energia. A transição ecológica, transição energética tem que servir para diminuir desigualdade, diminuir a pobreza do povo brasileiro”, enfatizou. 

Rui afirmou que a produção de hidrogênio verde fará do Brasil referência global em descarbonização, mas um caminho precisa ser percorrido. “A partir da escassez de energia limpa do mundo, o Brasil desponta.  Estamos apresentando esse potencial, com destaque também para a geração de energia eólica e solar a grandes grupos, grandes investidores”. 

O ministro da Casa Civil ainda complementou que não faz sentido o Brasil prorrogar subsídio para carvão nesse momento e reforçou a necessidade de articulação com o Congresso Nacional para promover a descarbonização da economia brasileira.  

O ministro assinalou ainda que não é razoável o Brasil ser um dos países que produz energia mais barata e ter uma conta de energia ao consumidor entre as mais caras do mundo. “Isso não é possível, não é justo com a população, com a indústria brasileira”. Costa adiantou que será enviado ao Congresso uma medida para reverter a prática atual.

Ele também acredita que foi dado o pontapé para que o mundo possa “refletir e que, definitivamente, tenhamos investimento de fato para financiar a transição ambiental, ecológica e o cuidado com o meio ambiente”. 

Rui Costa, além de acompanhar a comitiva presidencial, faz uma agenda paralela com o objetivo de apresentar as oportunidades de investimentos, entre eles os que estão contemplados no Novo PAC, e traçar parcerias para Brasil. O ministro fez uma reunião com a empresa de logística dos Emirados Arábes, DP World, no início da manhã deste sábado. No domingo (3), o ministro embarcou com o presidente Lula para Alemanha. O retorno do ministro da Casa Civil a Brasília está previsto para o final da noite da próxima terça-feira (5).

Da Redação | Com informações da Ascom/Casa Civil


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