Ambiente de negócios melhorou em 77 municípios do ES, segundo IAN-Findes

Cris Samorini, presidente da Findes, durante lançamento do IAN 2023 | Foto: Renan Donato/Findes

O ambiente de negócios capixaba melhorou em 77 dos 78 municípios do Espírito Santo de acordo com a 5ª edição do Indicador do Ambiente de Negócios (IAN-Findes) lançado nesta quinta-feira (14). O diagnóstico do desempenho das cidades capixabas foi elaborado pelo Observatório da Indústria da Findes e apresentado a autoridades e empresários durante o evento na Sede da Findes, em Vitória. 

Segundo o IAN, os municípios do Espírito Santo cresceram uma média de 3,7% ao ano desde 2019. Outro destaque positivo é que 2023 foi o quarto ano consecutivo em que o Estado teve melhoria no indicador de ambiente de negócios. Entre os destaques dos últimos cinco anos estão os eixos de: gestão pública, capital humano e infraestrutura. 

Durante o lançamento, a presidente da Federação, Cris Samorini, explicou que o IAN tem como objetivo de fornecer um diagnóstico detalhado da situação do Ambiente de Negócios dos municípios do Estado. 

“Ele é fundamental para ajudar gestores no desenvolvimento de políticas públicas voltadas para resultados, para a tomada de decisão de investidores e para contribuir com a melhoria socioeconômica das regiões. Só o ES possui um indicador de ambiente de negócios para todos os municípios, sendo a Findes a única federação com a estratégia de análise, apontou Cris Samorini. 

Para o deputado federal, Josias da Vitória, o IAN é uma ferramenta muito importante para os municípios capixabas. Em sua fala, o parlamentar também destacou a atuação do legislativo federal e sua contribuição com o desenvolvimento socioeconômico do Estado. 

“Quando o objetivo é defender o Espírito Santo, a bancada capixaba dá apoio aos municípios, ao setor produtivo, ela atua de forma muito unida. E dados nos ajudam a tomar as decisões corretas. Os parlamentares do Estado estão sempre à disposição para somar forças em favor do desenvolvimento”, disse. 

O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos, também avaliou a iniciativa como positiva para os municípios capixabas:

“É uma alegria muito grande quando vocês [federação] dividem as informações desse indicador de ambiente de negócios que cada cidade tem. E naturalmente isso provoca o impulsionamento para que elas possam se organizar ainda mais, gerando mais oportunidades.” 

Também participaram do lançamento o deputado estadual Capitão Assumção; a procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), Luciana Andrade; o presidente da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes), Luciano Pingo; além de prefeitos dos municípios capixabas e representantes, outras autoridades e empresários. 

 

O ambiente de negócios dos municípios do Espírito Santo vem melhorando. De acordo com o IAN, o crescimento médio do Estado é de 3,7% ao ano. Em 2019, a nota média no Estado foi de 4,87, passando para 5,14 em 2020, no ano seguinte para 5,16, chegando 5,37 em 2022 e em 5,64 neste ano (A escala de medida vai de 0 a 10).  

A manutenção do bom desempenho do IAN pode ser atribuída aos eixos de Capital Humano (5,34), Gestão Pública (6,04) e Infraestrutura (6,63) que mostraram crescimento consistentes desde 2019, com taxas médias de crescimento de 4,6%, 5,7% e 3,2%, respectivamente.  Já o eixo de potencial de mercado (4,53) teve uma queda entre 2019 e 2021 que foi revertida nos últimos dois anos. No geral, esse eixo cresceu, em média, entre 2019 e 2023, 1% ao ano. 

Entre 2019 e 2023, entre os 78 municípios do Estado, apenas São Domingos (-0,15%) ficou estável entre 2019 e 2023. Ao longo desse período, o município capixaba teve melhora no eixo de infraestrutura (aumentando a nota em 0,06) e gestão pública (1,42). Porém, dois indicadores tiveram queda: potencial de mercado (-1,96) e capital humano (-0,12).

Gerente executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva, explicou os dados do IAN, enquanto os prefeitos acessavam o portal | Foto: Renan Donato/Findes

Os dados do IAN foram apresentados pela economista-chefe da Findes e gerente executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva. De acordo com a economista, neste ano, o IAN trouxe novidades em sua estrutura com a inclusão de três indicadores: taxa de abertura de empresas, taxa líquida de abertura de empresas e taxa de congestionamento líquido de tribunais.  

Marília comentou ainda que todas essas mudanças foram feitas no antigo eixo de gestão fiscal que agora passa a ser chamado de eixo de gestão pública. “Para conseguirmos fazer essa atualização contamos com a colaboração da Junta Comercial do Estado do Espírito Santo (Jucees). São indicadores importantes e que agregam ainda mais qualidade ao IAN”, afirmou. 

Marília destacou ainda que, a cada atualização de metodologia, os dados anteriores do IAN também são revisados. “Isso permite que os municípios continuem fazendo análises precisas.” 

O IAN é construído para os 78 municípios do Espírito Santo, composto por 4 eixos, que são: Infraestrutura, Potencial de Mercado, Capital Humano e Gestão Pública. Eles são desmembrados em 12 categorias, que são construídas com a agregação de 42 indicadores individuais construídos com base em dados oficiais de 16 fontes federais e estaduais, sempre utilizando os dados mais recentes disponíveis do ano fechado. 

Para avaliar o desempenho dos municípios, é dada uma pontuação para cada um dos eixos (infraestrutura, potencial de mercado, capital humano e gestão fiscal) e das categorias, que geraram uma pontuação única para o IAN, que vai de 0 a 10 pontos. 

“Por meio do IAN, olhamos para cada município e conseguimos saber quais são as suas potencialidades e quais os desafios a superar. No portal do Observatório da Indústria da Findes, qualquer pessoa poderá acessar o painel de dados do IAN e realizar diferentes análises comparativas dos municípios. Isso permite um diagnóstico mais robusto de como é o ambiente de negócios de cada localidade do Estado”, comentou o gerente de Ambiente de Negócios do Observatório, Nathan Diirr. 

Ainda de acordo com Nathan, a análise comparativa entre os diferentes municípios se realiza por meio da clusterização. “Ela permite reunir municípios com características similares, com o objetivo de respeitar as diferenças e as semelhanças de cada conjunto de localidade, o que possibilita a comparabilidade.” 

Por Siumara Gonçalves 


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