PRIO anuncia que vai gerar R$ 2,5 bilhões em royalties no ES 

Poço N5P2 no Campo de Frade | Foto: Divulgação

A PRIO, maior empresa independente de óleo e gás do Brasil, deve movimentar nos próximos anos até R$ 2,5 bilhões em royalties para o Espírito Santo e municípios próximos ao campo de Wahoo, na Bacia de Campos. A previsão de arrecadação é fruto das operações planejadas pela companhia no litoral Sul capixaba. Segundo a empresa, a expectativa é de que o primeiro óleo seja extraído no terceiro trimestre de 2024, a depender da emissão da licença ambiental para atividade pelo Ibama. 

As informações foram apresentadas nesta quinta-feira (08/02) durante o “PRIO no ES”, evento organizado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e realizado na sede da instituição. Na ocasião, a companhia apresentou o projeto Wahoo para um público formado por empresários e executivos do setor industrial capixaba. 

Fotos: Renan Donato/Findes

O campo é o primeiro desenvolvido inteiramente pela companhia e que será viabilizado comercialmente a partir de um projeto inovador de interligação entre operações (tieback), pioneiro na América Latina. O projeto estima a produção de 40 mil barris de óleo por dia.  

A presidente da Findes, Cris Samorini, destacou durante a abertura da cerimônia a potência do Estado no setor de óleo e gás e reforçou a participação de empresas capixabas no fornecimento de produtos e serviços para essa cadeia produtiva. “O Espírito Santo é o terceiro maior produtor de petróleo e o quinto maior de gás do Brasil. Essas são apenas algumas informações que mostram a relevância do setor para a economia do Estado. Para além disso, posso dizer que a cadeia de petróleo e gás no Espírito Santo conta com mais de 500 empresas envolvidas. Temos um orgulho muito grande da qualidade dos fornecedores capixabas deste segmento”, aponta. 

Cris Samorini

Em sua fala, o senador Fabiano Contarato lembrou que a geração de oportunidades para a população anda de mãos dadas com o desenvolvimento do Estado. “Temos que gerar emprego e renda. Temos que alavancar a economia. Temos que dar incentivos fiscais às empresas para que elas tenham condições de se manter no mercado. Com isso, todo mundo vai sair ganhando e ainda implementamos políticas públicas para a redução da desigualdade”, enfatizou o senador ao destacar ainda que discursos radicais não contribuem para o desenvolvimento do Estado e do país.  

Segundo o gerente executivo da empresa, Jean Calvi, antes mesmo do início da operação do campo de Wahoo, o projeto já movimenta cerca de R$ 860 milhões em negócios na cadeia de suprimentos de fornecedores locais.  

Emiliano Gomes

O diretor e vice-presidente do Conselho de Administração da PRIO, Emiliano Gomes, ressaltou que “o desenvolvimento do campo Wahoo proporciona uma série de ganhos para o setor de óleo e gás, principalmente para o Espírito Santo, por meio do aumento da oferta de emprego, do estímulo ao desenvolvimento de fornecedores e pela arrecadação de royalties“, pontuou ao citar que, até o momento, algumas centenas de empregos diretos foram criados pelo projeto junto aos fornecedores.  

A PRIO concluiu o processo de aquisição do campo de Wahoo em março de 2021 e em dezembro do mesmo ano registrou a declaração de comercialidade, após um processo de estudo sobre a viabilidade de produção do campo. Vale ressaltar que, apesar de existir poços exploratórios perfurados no campo que comprovam a existência de petróleo, a operadora anterior não chegou a produzir óleo, pois o projeto desenvolvido havia inviabilizado a infraestrutura para produção e escoamento de petróleo e gás. 

Já a PRIO – especialista na busca por eficiência em campos maduros ou até mesmo considerados inviáveis economicamente por outras companhias –, realizou estudo de exploração de reservatórios marginais e identificou a oportunidade de interligar o campo de Wahoo à estrutura já em operação no campo de Frade, no Rio de Janeiro.  

Para isso, a companhia irá instalar o chamado tieback submarino de cerca de 32 km, conectando os poços de Wahoo ao barco FPSO Valente/Frade, responsável pela produção do Campo de Frade. “Essa interligação entre os campos utilizando infraestrutura existente é a condição para o sucesso do desenvolvimento de Wahoo. Sem a estrutura do FPSO Frade, o empreendimento seria inviável economicamente”, explicou Calvi.  

Para colocar em prática toda essa infraestrutura submarina, a PRIO conta com uma cadeia de fornecedores capacitados e empenhados em desenvolver de forma eficiente cada um dos equipamentos que garantem o escoamento de óleo e de gás a serem produzidos no campo. Atualmente, pelo menos cinco fornecedores diretos locais já trabalham no projeto, além do terminal portuário do CPVV e BAVIT, que irá atender as demandas das atividades de suporte Offshore.  

Por SIUMARA GONÇALVES


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