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Uma dessas personagens é a parteira Dona Benedita
Dedicado às mulheres, o mês de março foi o período escolhido pela escritora e pesquisadora Bárbara Pérez para o lançamento do livro “Mulheres capixabas e suas histórias”. O evento acontece neste sábado (16), às 19h, na sede da Academia Maria Antonieta Tatagiba, em São Pedro do Itabapoana, Mimoso do Sul, região sul do Espírito Santo.
As 180 páginas da obra são inteiramente dedicadas às mulheres que viveram e vivem no Espírito Santo. Grandes mulheres que simbolizam a riqueza cultural e a diversidade capixaba. Mais que prestar homenagem a elas, a autora pretende apresentar à nova geração os valores dessas mulheres, a partir de suas vivências e realizações.
Uma dessas personagens é a parteira Dona Benedita, responsável por trazer ao mundo inúmeras crianças do município – incluindo a própria autora. Sua história é resgatada em “As parteiras de Mimoso do Sul”. Já em “As lavadeiras do Rio Muqui”, Bárbara Pérez conta sobre o trabalho das lavadeiras do Córrego do Rochedo e seus dramas. Entre elas, destaca-se Maria de Jesus, negra escravizada que foi estuprada pelo patrão, um fazendeiro branco e rico.
Realizada com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), da Secretaria da Cultura (Secult), a coletânea de contos e crônicas celebra a força, a resiliência e a singularidade das mulheres do Espírito Santo. Nessa obra, Bárbara Pérez aborda uma ampla variedade de experiências femininas em diferentes contextos e épocas, desde a serenidade de práticas cotidianas até eventos dramáticos que definiram a vida dessas personagens reais.
Outra homenageada na obra é Maria Antonieta Tatagiba (1895-1928), principal poetisa, que se tornou a primeira mulher capixaba a escrever e publicar um livro de poemas. Em reconhecimento à sua breve trajetória e importância, o dia de sua morte – 13 de março – foi instituído como o Dia Estadual da Poetisa Capixaba.
Cada história é um tributo à identidade e ao legado das mulheres que, por meio de suas vivências, contribuíram para a história e cultura do Espírito Santo. Entre elas, Maria Laurinda Adão, que, em suas oito décadas de vida, é considerada uma das figuras mais importantes para a preservação das raízes e tradições do povo afrodescendente, autodefinindo-se como missionária, viajando pelo Brasil e pelo mundo para difundir a cultura que aprendeu na comunidade quilombola de Monte Alegre, em Cachoeiro de Itapemirim.
Por Tiago Zanoli
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