Mostra de filmes baianos acessíveis é atração do projeto Editando Sonhos

Produtores audiovisuais da Bahia já podem inscrever seus filmes com recursos de acessibilidade no projeto Editando Sonhos: Jornada Formativa em Acessibilidade Audiovisual. O festival virtual de cinema apresentará filmes baianos acessíveis produzidos a partir de 2018, com quatro obras a serem premiadas no valor de R$ 500. As inscrições podem ser feitas até o dia 15.02 por meio de formulário eletrônico.  A exibição será de três filmes de curta-metragem e um de longa-metragem, seguidos de debate entre a equipe e o público nos dias 27.02 (sábado), das 18h às 21h30, e no dia 28.02 (domingo), das 16h às 19h30. A premiação será no último dia, 28.02, às 20h.

O evento é parte da programação da iniciativa que propõe habilidades para desenvolvimento de produtos inclusivos, como legendas para surdos e ensurdecidos, as quais agentes de diversas etapas da cadeia produtiva do audiovisual terão a oportunidade de se qualificar sobre tais recursos em suas produções. Por meio de palestras, minicursos, oficinas e workshops, a ação conta com profissionais da Bahia e de outras partes do Brasil especializados no ramo. A jornada do projeto acontece de 22 a 28.02, será gratuita e on-line, com emissão de certificados. As inscrições para as oficinas devem ocorrer do dia 08 a 18.02, também via formulário eletrônico.

“Compreendendo a diversidade de pessoas e, entre estas, a diversidade de possibilidades de acesso ao que é produzido culturalmente, um projeto como o Editando Sonhos vem contribuir e muito, com um lugar que a cultura, as artes e a sociedade em geral ainda pouco conhecem. É o lugar de outras formas de comunicação, de acesso, de língua e linguagem, que neste caso são possíveis com os recursos de acessibilidade como Audiodescrição, Libras (em janela ou ao vivo) e Legenda Fechada para Surdos e Ensurdecidos”, defende Sandra Rosa Farias, uma das produtoras do projeto.

Em função do impedimento visual combinado com a falta de acessibilidade, milhares de pessoas são excluídas da vida cultural e, consequentemente, da interação social, do enriquecimento intelectual e das emoções que a arte e a cultura proporcionam. É fundamental que artistas, produtores culturais, educadores, jornalistas e profissionais das mais diversas áreas percebam a importância da inclusão irrestrita em atividades culturais e se apropriem de processos básicos de produção de conteúdo acessível.

Para Farias, o Editando Sonhos através das oficinas de capacitação, formação e informação e da Mostra de recursos acessíveis traz, principalmente para a classe produtora e exibidora de arte e cultura, o que é e como é possível oferecer para todas as pessoas sua produção, com estes recursos, coerentes com a qualidade do que é a sua produção.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem cerca de 45 milhões de pessoas cegas no mundo. De acordo com o Censo do IBGE 2010, 45 milhões de brasileiros disseram ter algum tipo de deficiência, ou seja, quase 24% da população. Nesse cenário, a iniciativa assume o papel colaborador na luta de combate à exclusão cultural no estado da Bahia, uma vez que produtores audiovisuais em sua maioria estão alheios à inserção de acessibilidade em seus projetos, processos e produtos culturais.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Por Kayane Terra e Marize Torres


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