Sob o nome poético “Amor, compasso e melodia”, a Casa Porto das Artes plásticas, no Centro Histórico de Vitória, capital do Espírito Santo, revela, a partir da próxima terça-feira (10), as obras da artista plástica Lívia Maria Pereira.
Esta será a primeira exposição de Lívia, que é formada em artes visuais pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e professora da rede municipal de ensino de Vitória. “Amor, compasso e melodia” trará ao público 23 obras de tamanho 29,7 cm x 21 cm produzidas com lápis de cor, tinta guache, têmpera guache, têmpera ovo e lápis aquarelado.
A inspiração de Lívia para os trabalhos se origina da sua relação com diversos estilos musicais. As obras foram produzidas enquanto a artista ouvia samba, bachata, cumbia, músicas espanholas e africanas. “O ritmo da música me inspira para riscar e desenhar enquanto ouço”, diz Lívia.
Entre as obras, estão croquis que possibilitam uma percepção mais clara da gestualidade e dos movimentos das imagens que reproduzem os ritmos e sentimentos que as músicas provocam na criadora.
Quem comparecer ao espaço, que está aberto de segunda à sexta das 10 às 18h30 e aos sábados das 10 às 14 horas, experimentará uma viagem sensorial que culmina em obras que convidam o expectador a dançar e submergir em um mundo de música, movimentos e sentimentos.
Os trabalhos revelam contrastes entre o feminino e o masculino com uso de cores quentes e frias em um universo tropical e latino envolto em uma atmosfera de romance e fluidez.
“Quando conheci o trabalho de Lívia fiquei muito entusiasmado. Suas obras valorizam os contornos do corpo feminino, exaltam a sensualidade do amor e a musicalidade das paixões” diz Romullo Souza, produtor da exposição.
“Amor, compasso e melodia” fica em cartaz na Casa Porto até o dia 11 de março. A entrada é franca.
Catálogo Virtual
A exposição de estreia de Lívia Maria Pereira conta também com um catálogo virtual que pode ser conferido aqui.
Sobre a artista
O primeiro contato de Lívia com a arte ocorreu quando criança. Seu avô era cartógrafo, desenhava, fazia esculturas e trabalhava com restauração de obras sacras. Filha e neta de pintoras, Lívia tem em sua família sua maior fonte de inspiração, entretanto, reconhece a importância do curso universitário em seu desenvolvimento artístico.
“A minha formação acadêmica me proporcionou novas descobertas, que me conduziram a criar a minha própria poética. Foi na universidade que conheci as danças e a música latina, que me influenciaram profundamente na produção deste trabalho”, diz Lívia.
Por Pedro Vargas
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