Ações para proteção de recursos hídricos beneficiam comunidades rurais

O projeto nasceu restaurando matas ciliares para fixação de carbono e compensação de emissões de poluentes. Foto: Marina Vieira/Iniciativa Verde/Direitos reservados.

Mais de 400 famílias de áreas rurais de nove cidades paulistas foram beneficiadas pelo projeto Plantando Águas, que integra ações de saneamento básico, recuperação florestal e educação ambiental com o objetivo de proteger os recursos hídricos. As fossas biodigestoras instaladas pelo projeto, por exemplo, tratam cerca de 5.400 litros de esgoto de vasos sanitários por mês, que seriam lançados em fossas rudimentares com risco de contaminação de águas e plantações.

O modelo integrado do projeto para conservação de recursos hídricos, desenvolvido pela organização Iniciativa Verde, é uma das 24 tecnologias sociais finalistas do Prêmio de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil (FBB), divulgadas na terça-feira(16). As iniciativas finalistas são de 13 estados brasileiros e de três países da América Latina – Guatemala, Colômbia e República Dominicana.

Os critérios para escolha das finalistas incluem efetividade, inovação, sistematização da tecnologia e a interação com a comunidade. As vencedoras serão anunciadas em outubro deste ano.

“Essa integração de tecnologias [no projeto] é fundamental porque uma sozinha não vai longe. Muitas vezes, não conseguimos adesão das pessoas porque não atende à demanda imediata delas. E, às vezes, uma tecnologia simples que pode resolver um problema de saneamento é entrada para trabalhar outros temas ambientais naquela comunidade, naquele sítio”, disse Roberto Ulisses Resende, presidente da Iniciativa Verde.

O projeto nasceu restaurando matas ciliares para fixação de carbono e compensação de emissões de poluentes, mas, em campo, a equipe descobriu outras necessidades das comunidades. “Com esse trabalho, que fazemos em parceria com [pequenos] proprietários rurais, entidades, cooperativas e prefeituras, tivemos a oportunidade de ver a importância de outros temas além da questão da mata ciliar, como a questão da produção sustentável e do saneamento”.

Por Camila Boehm – Agência Brasil.

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